"Senti-me mesmo enjoado durante as cenas de luta do filme quando o vi em 3D" disse um utilizador que assina como azooombie numa rede social chinesa, citado pelo The Hollywood Reporter. "Parecia um filme de baixo orçamento. Tenho de o ver outra vez em 2D". Esta é uma das muitas reações que tomou conta da internet na sequência da estreia da versão em 3D do filme "Jason Bourne" que a Universal preparou de propósito para o mercado asiático e que estreou na China, Hong Kong, Índia, Filipinas e Vietname.

As críticas, que já motivaram pedidos de devolução do dinheiro do bilhete, apontam não só o facto do estilo de câmara ao ombro e montagem frenética que caracteriza o filme provocarem náuseas na versão em 3D, como também a dificuldade de se conseguir ver "Jason Bourne" em versões normais, sem o efeito tridimensional. Por exemplo, das 149 salas de cinema de Beijing só oito estavam a apresentar o filme na sua versão original 2D.

Ainda segundo o The Hollywood Reporter, o formato 3D tem sido absolutamente dominante na China, onde a maioria das quase 40 mil salas de cinema foram construídas na última década e 80% das quais têm tecnologia de projeção 3D.

Os filmes nesse formato têm sido um sucesso gigantesco no país desde o fenómeno de "Avatar", e Hollywood tem aproveitado e criado versões reconvertidas a 3D de muitos dos seus filmes para satisfazer essa procura e beneficiar do preço acrescido dos bilhetes.

De qualquer forma, "Jason Bourne", que volta a juntar o realizador Paul Greengrass a Matt Damon, tem sido um gigantesco sucesso na China, arrecadando cerca de 25 milhões de dólares nos primeiros três dias de exibição.

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