Todd Field começou a carreira como ator antes de se estrear atrás das câmaras como realizador com "Vidas Privadas" em 2001: a história de uma família atingida por uma tragédia foi uma sensação no Festival de Cinema de Sundance, convenceu os críticos, entrou nas listas de melhores do ano, ganhou vários prémios e acabou na corrida a cinco Óscares, incluindo Melhor Filme e as interpretações de Sissy Spacek, Tom Wilkinson e Marisa Tomei.

Foi o início de uma nova carreira como realizador e argumentista, até agora só com mais dois aclamados filmes, separados por 16 anos: "Pecados Íntimos" (2006), com Kate Winslet e Patrick Wilson, e  "Tár" (2022), dominado por Cate Blanchett, que esteve na corrida a vários prémios na última temporada, incluindo seis Óscares.

Realizador, argumentista e produtor em "Tár", Field falou das dificuldades que tem ao fazer um filme e que não se vê a avançar com outro, embora admita que ainda possa mudar de ideias.

"Há um verdadeiro desafio em fazer um filme de qualquer dimensão. Não é para os fracos de coração. Gostaria de ter sido feito para coisas diferentes porque provavelmente não faria mais filmes. Para mim, é preciso muito esforço para fazer um filme. Não sei se alguma vez voltarei a fazer outro", disse numa entrevista ao Cinema Scope (via The Hollywood Reporter).

Quando lhe pediram para clarificar se "Tár" era o seu último filme, respondeu: "Sim, acho que sim".

E acrescentou: "Não pensei nisso até agora. É muito provável".

Mas também reconhece quando recuperar de "Tár" talvez possa avançar com outro projeto: "Acho que isso é possível. Espero que seja possível"

O realizador sustenta que a decisão não tem nada a ver com uma perda criativa, mas "mais uma coisa física": cada projeto absorve a sua vida toda.

Por agora, tenciona continuar a escrever ser realizador na área da publicidade, "que não tira tanto de mim".

"Mas se alguma coisa realmente é tua e realmente importa — e é melhor que importe, pelo tempo que leva para fazer um filme – tem de se dar tudo. E à medida que envelhecemos, percebemos como o tempo é valioso (...) Não estou mais na casa dos 20 ou 30 anos — farei 60 dentro de um ano e meio. Começa-se a pensar nessas coisas", refletiu sobre o processo que o leva a pensar em não fazer mais filmes.

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