Segundo
José Pedro Ribeiro, a conclusão do negócio fechou «um processo negocial intenso» que «permite a continuação da atividade e salvaguarda do património cinematográfico português». A conclusão da venda da
Tobis - um dia antes da assembleia-geral de acionistas marcada para sexta-feira - foi entretanto comunicada hoje aos trabalhadores da empresa pelo secretário de Estado da Cultura,
Francisco José Viegas.

De acordo com o responsável do ICA, a empresa que adquiriu a Tobis ficará com a «área de negócio de restauro e digital» da mais antiga produtora cinematográfica portuguesa, por um valor «que permitirá liquidar o passivo da empresa perante terceiros».

«Com este negócio procura-se salvaguardar o maior número de postos de trabalho da Tobis, assegurando-se a proteção dos direitos dos trabalhadores», disse fonte do ICA, acrescentando que, «com esta operação, não serão alienados nem o património fílmico, nem os imóveis propriedade da Tobis».

A Lusa contactou entretanto o responsável do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e do Audiovisual (SINTTAV),
António Caetano, que confirmou que o secretário de Estado da Cultura já comunicou aos trabalhadores da Tobis a venda da empresa.

António Caetano acrescentou porém que, de acordo com o secretário de Estado, apenas ficou garantida a manutenção de «metade» do total de efetivos da empresa.

A Tobis conta com 55 trabalhadores e, de acordo com o governante, apenas metade dos postos de trabalho estão assegurados.

Instado pela Lusa a pronunciar-se sobre a venda da Tobis, o sindicalista escusou-se a comentar alegando que têm marcada para as 16h30 de hoje uma reunião entre o sindicato e o Instituto do Cinema e do Audiovisual. A haver declarações só depois da reunião, concluiu.

@Lusa