Após receber um prémio pela carreira na quinta-feira no Festival de Berlim, o próximo projeto de Tilda Swinton é uma longa pausa.

“Preciso de uma pausa e vou fazer uma. Todos sabemos que fazer cinema é uma amante impiedosa e já estou sobre pressão há algum tempo", disse esta sexta-feira de manhã em conferência de imprensa (citada pela publicação Deadline).

E acrescentou: “Quando voltar para casa, na Escócia, na segunda-feira, vou entrar em algo que anseio há 15 anos, que é um período da minha vida em que faço algo diferente. Não sei dizer o que é, mas posso dizer que não vou rodar nenhum filme até o final deste ano.”

Apesar de ter conquistado um Óscar de Melhor Atriz Secundária ao enfrentar George Clooney em "Michael Clayton" (2007), uma produção de prestígio de um estúdio de Hollywood, Tilda Swinton é reconhecida principalmente pelo mundo do cinema internacional e independente desde que se estreou em 1986 com “Caravaggio”, de Derek Jarman.

Vista recentemente ao lado de Julianne Moore em "O Quarto ao Lado", a primeira longa-metragem em inglês de Pedro Almodóvar, a atriz diz agora que precisa de 'tempo' para preparar vários projetos, "alguns para o cinema e outros não", e falou sobre a pressão em que está o cinema independente.

"As coisas ficaram um pouco doidas", partilhou.

“Antigamente – 'AC', antes da Covid – as pessoas costumavam dizer: ‘Achamos que temos dinheiro para fazer um filme independente’, e simplesmente dizíamos, ‘Podemos esperar mais nove meses para desenvolver algo?’ e as pessoas muitas vezes diziam, ‘OK’”, recordou.

“Desde a Covid, isto tem sido: ‘Não, o dinheiro está aqui agora e temos que fazer’. Essa sensação de assalto, e a insegurança em relação ao financiamento têm sido realmente extenuantes para todos nós. Preciso de uma pausa, portanto vou fazer uma.”, declarou.