Após vários escândalos pessoais nos últimos três meses, Ezra Miller deverá perder o papel do super-heróis Flash.

"Fontes dizem que, mesmo que não surjam mais alegações, o estúdio provavelmente não manterá Miller no papel de Flash em futuros filmes DC" é a frase que surge num extenso artigo sobre o grande problema da Warner Bros. com o filme "The Flash", previsto para chegar aos cinemas no verão de 2023, por causa do comportamento cada vez mais errático do ator norte-americano não binário de 29 anos.

No espaço de três semanas entre março e abril, Miller foi detido duas vezes pela polícia no Havai e acusado de distúrbios, assédio e agressão.

Já este mês, os problemas estenderam-se ao estado do Dakota do Norte, com os pais de uma jovem de 18 anos que o ator conheceu aos 12, a apresentarem, contra a vontade desta, um pedido de proteção, alegando aliciamento, lavagem cerebral, violência, intimidação psicológica e outras atividades ilícitas; e em Massachusetts, uma mãe apresentou um pedido de restrição temporária após alegadas ameaças contra a família e atos inapropriados com uma criança não binária.

Entretanto, Miller apagou a sua conta no Instagram pouco depois de partilhar mensagens que pareciam gozar com as dificuldades das autoridades em localizá-lo para entregar documentos relacionados com um dos casos, que chegaram às notícias.

Mas estes são apenas os escândalos mais recentes: em 2020, surgiram imagens de um incidente que parecem mostrá-lo a sufocar uma mulher num bar na Islândia.

Miller estava em ascensão em Hollywood depois de causar sensação em produções independentes como "Depois das Aulas" (2008), "Temos de Falar Sobre Kevin" (2011) e "As Vantagens de Ser Invisível" (2012), estreando-se como Barry Allen / The Flash em "Batman v Super-Homem: O Despertar da Justiça" (2016).

Segundo o Deadline, o estúdio tentou ajudá-lo, mas com as manchetes negativas a acumularem-se, a decisão de dispensá-lo ser´´a uma evolução: de uma reunião improvisada de emergência a 30 de março para discutir o futuro que foi noticiada, o consenso dos executivos teria sido o de fazer uma "pausa" em todos os projetos que o envolvessem.

Com um orçamento de 200 milhões de dólares e uma estrela problemática, "The Flash" é visto como a primeira crise de David Zaslav, recentemente nomeado CEO da Warner Bros Discovery. Uma ironia, pois com o regresso de Michael Keaton como Batman, tal como Ben Affleck, era uma grande aposta para expandir o Universo DC.

Zaslav tem várias opções e "irá tomar uma delas em breve": reduzir a campanha de promoção ao mínimo, sem qualquer digressão envolvendo o elenco; desistir da estreia nos cinemas e lançar diretamente na plataforma de streaming, assumindo um grande prejuízo; ou fazer tudo para o filme ser um sucesso e desistir a seguir de Miller se não conseguirem resolver a situação, como aconteceu ao forçarem a saída de Johnny Depp da saga "Monstros Fantásticos" após perder o caso contra um tabloide britânico que o acusava de ser um marido violento, substituindo-o por Mads Mikkelsen.

"Não há nada a ganhar aqui para a Warner Bros. Este é um problema herdado por Zaslav. A esperança é que o escândalo permaneça a um nível baixo antes do filme ser lançado, e esperar que as coisas corram o melhor possível", disse uma fonte do estúdio ao Deadline.

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