O filme, que integra a competição oficial do festival, foi considerado o melhor pelos críticos no festival que integram a Fipresci, a Federação Internacional de Críticos de Cinema, referiu o produtor.
«Tabu», a saga a preto e branco sobre um amor louco passado em África, foi apresentado à imprensa na terça-feira em Berlim e aplaudido no final por mais de mil jornalistas, no Berlinale Palast.
Para Luís Urbano, este prémio da crítica não significa vantagem a caminho do Urso de Ouro, o prémio máximo: «É um sinal, mas com os júris nunca se sabe».
«Tabu», que deverá ter estreia em Portugal em abril, conta no elenco com
Ana Moreira,
Carloto Cotta,
Teresa Madruga, entre outros. Em «Tabu»,
Miguel Gomes relata a história, em duas partes bem distintas.
A primeira parte do filme, intitulada «Paraíso Perdido», relata uma vida banal de três personagens, Aurora (Laura Soveral), a sua empregada africana, Santa, e uma vizinha empenhada em causas sociais, Pilar (Teresa Madruga), e termina com a morte de Aurora.
Na segunda parte, que dá pelo nome de «Paraíso», vemos então a jovem Aurora (Ana Moreira), filha de um colono português em África, dona de uma fazenda, casada, mas que trai o marido com um amigo, para tudo acabar em tragédia.
O filme é inteiramente a preto e branco e, na segunda parte, os atores não falam, ouvindo-se apenas o narrador e a banda sonora, em jeito de homenagem de Miguel Gomes ao cinema mudo, principalmente a um dos seus grandes mestres, o alemão Friedrich Wilhelm Murnau.
No festival de Berlim, que termina no domingo, compete também, na secção de curtas-metragens, o filme «Rafa», de
João Salaviza. Os Urso de Ouro e de Prata são anunciados no sábado.
@Lusa
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