"Venom: A Última Dança", com o ator inglês Tom Hardy como o anti-herói, manteve-se firme no primeiro lugar nos cinemas da América do Norte, arrecadando no fim de semana 26,1 milhões de dólares (quase 24 milhões de euros), informou o observador da indústria Exhibitor Relations.

Embora tenha tido uma estreia mais fraca do que qualquer um dos seus dois antecessores, lançados em 2018 e 2021, o terceiro filme deu sinais de recuperação, caindo uns baixos 49% para o género. Sem concorrência na América do Norte até à chegada de "Wicked" e "Gladiador II" a 22 de novembro, arrecadou uns respeitáveis ​90 milhões no mercado interno.

Ainda melhor e como tem sido habitual na saga, as receitas são muito maiores a nível internacional, com 227 milhões.

Portugal não é exceção: com mais 55.225 espectadores no segundo fim de semana entre quinta-feira e domingo, uma queda de apenas 11,66% em relação à estreia, o filme já acumula 133.079 espectadores nos primeiros 11 dias.

Com 317 milhões de dólares (290,5 milhões de euros) desde o lançamento a 25 de outubro, a produção que custou uns razoáveis 120 milhões antes do marketing está cada vez mais próxima de se tornar formalmente um sucesso comercial, a tal ponto que já se aposta que a Sony, que pouco sucesso encontra na exploração do seu universo Marvel para lá do Homem-Aranha, dificilmente resistirá a assinar mais um grande cheque para Tom Hardy regressar como Eddie Brock, o jornalista insatisfeito que se transforma num extraterrestre assustador com dentes e língua enormes.

Entretanto, a animação "Robot Selvagem", sobre um robô que se tem de dar bem com animais da floresta depois de ficar preso em uma ilha remota, cresceu no seu sexto fim de semana nos cinemas, subindo duas posições para o segundo lugar, arrecadando 7,6 milhões de dólares, para um total doméstico que vai quase nos 122 milhões e 269 a nível global. Bem posicionado para a corrida aos Óscares na sua categoria, uma sequela já foi anunciada.

Já o filme de terror "Sorri 2", com a atriz inglesa Naomi Scott como uma estrela pop atingida por uma maldição sombria, caiu ligeiramente para o terceiro lugar, com vendas estimadas em 6,8 milhões de dólares para o período pós-"Halloween" de sexta-feira a domingo, para um total de 52,6 milhões. No que é invulgar para o género, está a correr ainda melhor a nível internacional, com 57,1 milhões, para um total de 109.7.

Em quarto lugar nas bilheteiras surge o 'thriller' religioso "Conclave", com 5,3 milhões de dólares. O ator inglês Ralph Fiennes, que interpreta um cardeal chamado a “gerir” a eleição de um novo papa, vê-se preso numa teia de ambição indecorosa e intriga sombria que atraiu a atenção dos Óscares. A estreia portuguesa é esta quinta-feira

Já um novo filme muito falado, o drama de fantasia "Here", que volta a juntar a equipa de "Forrest Gump" (1994) a começar pelo realizador Robert Zemeckis, teve um desempenho abaixo das expectativas dos analistas, ficando em quinto lugar, com apenas 5 milhões de dólares.

Zemeckis usa tecnologia de Inteligência Artificial para “rejuvenescer” Tom Hanks e Robin Wright, como parte de um épico ambicioso, ambientado num único local, que abrange desde a era dos dinossauros até à atualidade, que chega a Portugal a 26 de dezembro.

Esta foi “uma estreia fraca para um drama original”, disse David A. Gross, da Franchise Entertainment Research.

“Para funcionar, este tipo de história precisa de se ligar deforma poderosa e emocional”, notou o analista, acrescentando que as reações dos críticos e dos espectadores mostram que o filme não resulta.

Com um orçamento de produção próximo dos 50 milhões de dólares, o lançamento do filme "vai dar prejuízo" ao estúdio Miramax.

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A maior curiosidade foi a estreia em apenas 35 cinemas de "Juror #2", de Clint Eastwood, como qualificação para a temporada de prémios antes de um lançamento em data a anunciar na plataforma Max: este é o primeiro filme do realizador a não ter um lançamento tradicional nos cinemas, o que gerou polémica.

A Warner Bros. disse que não ia divulgar as receitas do lançamento, mas mudou de ideias em relação ao mercado internacional: cinco milhões de seis países, dos quais uns impressionantes 3,1 milhões foram da França.

Segundo o estúdio, o lançamento em oito países ao todo, que não incluem Portugal, destina-se a dar visibilidade a um lançamento posterior em streaming, em data a anunciar.