Stephen Hawking qualificou como bastante correto o filme
«A Teoria de Tudo», que relata o processo da doença do astrofísico por entre uma relação romântica com Jane Hawking, a sua primeira esposa, afirmou o realizador James Marsh.

Quando soube do projeto, Hawking aprovou-o tacitamente, mas não demonstrou muito entusiasmo, ainda de acordo com o realizador, vencedor de um Óscar em 2009 pelo documentário
«Homem no Arame».

No entanto, depois de assistir ao filme, o físico mostrou-se muito satisfeito, em especial com a interpretação do ator que o representa, o britânico Eddie Redmayne, que participou em «Os Miseráveis» e é considerado, agora, um potencial candidato ao Óscar na categoria de Melhor Ator.

«Existirão outros filmes sobre mim depois da minha morte, mas este agradou-me muito», declarou o cientista segundo Marsh em conversa com o público após uma projeção em Los Angeles.

O filme, que recebeu excelentes críticas após a sua estreia no Festival de Toronto, centra-se no primeiro casamento do físico mais conhecido do mundo, que deixou Jane em 1990 para se casar logo a seguir com a sua enfermeira Elaine Mason. Essa segunda união durou dez anos.

«A Teoria de Tudo» mostra, principalmente, a luta «condenada a um grande fracasso» - nas palavras do pai de Hawking no filme - do casal contra a síndrome de Charcot que aflige o físico. Essa doença neurodegenerativa implacável deixou-o totalmente paralisado e contribuiu para o fim de seu casamento.

«É como um prisioneiro numa cela. O seu pensamento leva-o para lugares onde ninguém nunca foi, até aos buracos negros», esclareceu o cineasta.

A produção é inspirada no livro de memórias de Jane Hawking «Traveling to Infinity: My Life With Stephen», que ainda não tem versão em português.

A longa metragem estreou na semana passada nos EUA e chega a Portugal a 29 de janeiro.