A caminho dos
Óscares 2025
A pandemia de COVID-19, as greves dos atores e argumentistas que atingiu Hollywood em 2023, e a falta de originalidade dos filmes dos estúdios quase fizeram Robert Pattinson perder a esperança no futuro do cinema e da sua própria carreira.
O estado “preocupante” da indústria do entretenimento é uma reflexão que o ator faz a poucas semanas da estreia de "Mickey 17", um filme de ficção científica onde se desdobra por várias versões da mesma personagem e é o primeiro trabalho de Bong Joon Ho desde a consagração nos Óscares com "Parasitas".
“Nos últimos anos da indústria cinematográfica, começando com a COVID-19 e depois com as greves, todos diziam constantemente que o cinema estava a morrer. E de forma bastante convincente”, disse o ator britânico de 38 anos num especial da revista Vanity Fair publicado esta quarta-feira.
E a estrela de "The Batman" admite: "Literalmente, estive quase a desligar. Na verdade, começou a ser um pouco preocupante.”
Durante dois anos, acrescenta, "todos os atores estavam a dizer 'O que se está a passar? Nada é interessante'", explicando que os filmes pareciam "muito de estúdio” ou seja, mais dominados pelo espírito corporativo e as bilheteiras do que pelo valor artístico.
Nos “últimos meses”, isso começou a mudar com uma "enxurrada de filmes muito ambiciosos” que pensa estar a renovar o interesse pelo cinema.
“Acho que as coisas que vão ser nomeadas para os Ósares este ano serão realmente interessantes. E de repente, parece que existe um novo lote de realizadores que também entusiasmam o público.”, nota.
Entre os filmes favoritos da temporada de prémios, Robert Pattinson destacou um 'thriller' de Halfdan Ullmann Tøndel, neto de Ingmar Bergman e Liv Ullmann, o novo trabalho do realizador com quem trabalhou em "A Infância de Um Líder" (2015) e o vencedor da Palma da Ouro de Cannes.
"Vi este filme norueguês 'Armand', que achei incrível. O filme do meu amigo Brady Corbet, 'O Brutalista'. o "Anora". Até se consegue ver isso em termos de argumento", contou.
A esperança, acrescenta, é que "Mickey 17", que chegará aos cinemas a 6 de março, vá beneficiar dessa "fase de entusiasmo pelo cinema”.
“Realmente não sei o que se estava a passar, o que aconteceu no regresso de Saturno ou o que quer que seja, mas agora há papéis realmente interessantes por toda a parte", garantiu.
VEJA O TRAILER DE "MICKEY 17".
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