«A empresa foi revitalizada em 2009, a partir de um projeto que a transformou num órgão realmente propulsor do desenvolvimento da indústria audiovisual carioca, a partir do aumento de investimentos e da visão de que os projetos deveriam dar algum retorno», contou à Lusa o diretor da empresa, responsável pela mudança, Sérgio Sá Leitão.

De acordo com o diretor, a partir de 2009, a empresa elevou o seu investimento 20 vezes, passando de um volume de financiamento de um milhão e cem mil reais (416 mil euros), em 2008, para uma média anual de 21,5 milhões de reais (8,14 milhões de euros), entre 2009 e 2012.

«A nossa receita, a partir de investimentos reembolsáveis, passou de 400 mil reais [150 mil euros], em 2008, para 26 milhões de reais [9,85 milhões de euros] nos últimos quatros anos», observa o diretor.

Além do maior volume de investimentos, o bom desempenho da empresa é resultado de uma mudança de estratégia, que aposta no retorno de alguns projetos, para ser capaz de gerar a sua própria caixa e reinvestir noutros roteiros, passando a depender cada vez menos do dinheiro do município.

«Mudámos a nossa filosofia de atuação, passámos a focar resultados, levando em consideração tanto os benefícios para a empresa, quanto as condições económicas extrenas, como a criação de receita e de emprego para a cidade», explica.

Outra preocupação constante tem sido a de democratizar o acesso às salas, o que levou a empresa a abrir um cinema no Complexo do Alemão, uma das regiões recentemente pacificadas da cidade.

No seu primeiro ano de funcionamento, o cinema do Alemão recebeu 74 mil expectadores, dos quais - segundo pesquisa independente realizada nos três primeiros meses após a abertura da sala - 91 por cento nunca tinham estado numa sala de cinema.

A RioFilme investe em produções cariocas ou em coproduções que envolvam empresas do Rio de Janeiro.

Entre os projetos que incluem Portugal, a companhia participou em «Brasil Vermelho», coprodução Brasil, Portugal e França, prevista para estrear em 2013, e «Entre a dor e o Nada», coprodução com Portugal e Espanha, ainda em fase inicial.