Considerado um dos realizadores mais ousados e controversos do Japão,
Oshima foi, nos anos de 1960, um dos mais emblemáticos cineastas da chamada «nova vaga» japonesa e, em décadas seguintes, tornou-se um dos nomes mais importantes do cinema do seu país.

O realizador era casado com a atriz Akiko Koyama, que estava com Oshima no momento da sua morte, hoje às 15:25 locais (06:25 em Lisboa) no hospital de Fujisawa, em Kanagawa.

Nascido em Okayama, em março de 1932, estudou Direito na Universidade de Kyoto, destacando-se pelo seu ativismo de esquerda e desenvolvendo o gosto pela escrita e literatura.

Nos anos de 1960, o realizador consolidou a sua carreira com filmes que criticavam a sociedade e a política do seu tempo, tendo muitas vezes personagens rebeldes e criminosos como protagonistas das suas obras.

O filme
«O Império dos Sentidos», com forte conteúdo sexual, foi censurado no Japão e rejeitado no Festival de Cinema de Nova Iorque, mas obteve o Prémio Internacional do Festival de Cannes e um amplo reconhecimento internacional.

Oshima sofreu uma hemorragia cerebral, em 1996, que lhe causou uma paralisia e obrigou-o a um longo período de recuperação.

Em 1999, voltou à realização com o filme
«Tabu», que seria a sua última longa-metragem.

Entre outros filmes importantes dentro de sua filmografia estão ainda
«Os Prazeres da Carne» (1965),
«Os Ninjas» (1967) e
«Koshikei» (1968).

O filme
«Feliz Natal, Mr. Lawrence», de 1983, tem no elenco os músicos David Bowie e Ryuichi Sakamoto (músico da banda Yellow Magic Orchestra), assim como o realizador Takeshi Kitano, sendo considerado um filme de culto.