Mia (Luna Wedler) é uma adolescente solitária e socialmente inadaptada que, ao mudar-se para uma nova cidade, acentua ainda mais a sua estranheza. Decidida a engajar-se na turma de qualquer maneira, ela começa a sentir alterações físicas cada vez maiores, mais frequentes e mais perturbadoras.
A roçar o terror, "Blue my Mind" foi comparado a “Grave”, o outro retrato de transformação feminina adolescente com o qual a francesa Julie Ducournau causou alguns vómitos e desmaios pelo circuito de festivais. Menos gráfico, Brühlmann entrega ao espectador, ainda assim, um final estarrecedor em termos de impacte visual e emocional.
As alegorias cruzam-se com os temas que a narrativa concisa e certeira da cineasta suíça permite explorar. Enquanto vai caracterizando aqueles que são os grandes dilemas da história, o da identidade (daí os questionamentos da sua própria origem parental), da aceitação e da libertação, perpassam elementos do drama adolescente mais universal, como abuso de álcool e drogas, a instabilidade sexual e o suicídio.
"Blue my Mind" é exibido segunda-feira, 17 de setembro, às 22h00.
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