A Academia Portuguesa de Cinema, que reuniu na segunda-feira em assembleia-geral, aprovou o regulamento dos galardões. De acordo com o produtor Paulo Trancoso, os prémios serão anuais e pretendem distinguir o cinema português em vinte categorias, como Melhor Filme, Realizador, Ator e Atriz, Banda Sonora, Fotografia, Argumento Original e Adaptado, Curta-Metragem, Documentário e Filme Estrangeiro.

Os Sophia serão os prémios portugueses de cinema à semelhança dos que existem nos Estados Unidos (Óscares), em França (Césares), em Espanha (Goya) ou no Reino Unido (Bafta).

A primeira edição dos prémios decorrerá em 2012, possivelmente em abril ou em junho, dependendo do acordo que for alcançado com uma das estações de televisão para a transmissão da cerimónia, disse Paulo Trancoso. Os nomeados serão conhecidos no primeiro trimestre de 2012.

A Academia Portuguesa de Cinema, também conhecida por Associação Portuguesa das Artes e Ciências Cinematográficas, foi juridicamente fundada em inícios de julho. O produtor
Paulo Trancoso foi eleito o primeiro presidente da direção da Academia Portuguesa de Cinema.

A atriz e deputada
Inês de Medeiros e o realizador e produtor
Fernando Vendrell foram eleitos, respetivamente, presidentes da Assembleia Geral e Conselho Fiscal. Como vice-presidentes foram eleitos a atriz
Anabela Teixeira (direção), a diretora de casting Patrícia Vasconcelos (assembleia geral) e a atriz
Dalila Carmo (conselho fiscal).

O objetivo da criação desta Academia é ajudar a impulsionar e defender a produção de cinema português e aproximá-la do público, disse Paulo Trancoso. Numa altura difícil para o cinema português, que aguarda nova legislação, tem um fundo de financiamento (FICA) paralisado e deverá contar com redução de apoios por parte do Instituto do Cinema e Audiovisual, Paulo Trancoso sublinhou que «é preciso ajudar a pensar positivo num momento tão crítico».

@Lusa