Com sete prémios em 12 nomeações, incluindo o de Melhor Filme, Realização e Argumento Original (ambos de Albert Dupontel) e Ator Secundário (Nicolas Marié), "Adieu les Cons" foi o grande vencedor dos César.

Ausente da cerimónia, o também ator francês chegou finalmente ao grande prémio após ter sido premiado pelo argumento de "Gravidez de... Alto Risco" (2013) e pela realização e argumento de "Até Nos Vermos Lá em Cima" (2017), graças a um drama burlesco sobre uma mulher gravemente doente (Virginie Efira) que decide procurar o filho que foi forçado a abandonar quando era adolescente por pressão dos pais e por uma série de circunstâncias bizarras é apoiada por um deprimido cinquentão (Dupontel) e um arquivista cego muito entusiasmado (Nicolas Marié).

Já "Verão de 85", de François Ozon, um dos poucos filmes nomeados que chegou a Portugal, ficou apenas a um prémio de igualar o recorde negativo de "A Segunda Vida de Camille" (2012): com 12 nomeações ficou sem nada, uma situação em tudo igual à que o realizador conheceu em 2002 com "8 Mulheres".

Também “Les choses qu’on dit, les choses qu’on fait”, que tinha feito o pleno nas principais categorias, conseguindo nomeações de Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento Original e em cinco das seis categorias de interpretação, só conseguiu ganhar um prémio, o de Émilie Dequenne como atriz secundária.

Alexandre Wetter, o protagonista de "Miss", de Ruben Alves, que estava nomeado na categoria de Melhor Revelação Masculina, perdeu para Jean-Pascal Zadi por "Tout simplement noir".

Após ter ganho como secundário por "Les témoins" em 2007, Sami Bouajila recebeu agora o César de Melhor Ator por "Un Fils".

Os outros prémios de interpretação foram para Sami Bouajila por "Un Fils" (Melhor Ator), Laure Calamy por "Antoinette dans les Cévennes" (Atriz) e a jovem Fathia Youssouf, protagonista de "Mignonnes: Primeiros Passos" (Melhor Esperança Feminina).

Apenas com a presença de apresentadores das categorias e dos nomeados, a 46ª cerimónia dos prémios mais importantes do cinema francês realizou-se na sexta-feira à noite (12) no Olympia de Paris (e não na Salle Pleyel, como é habitual), prestando “homenagem a todos aqueles que, durante o ano de 2020, lançaram os seus filmes apesar das incertezas e obstáculos” provocadas pela pandemia: as salas estiveram apenas abertas no início do ano passado e depois do fim de junho ao fim de outubro (o que levou à eliminação do prémio César do público).

Sami Bouajila com o César de Melhor Ator

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Césars 2021: a lista completa de premiados

Melhor Filme: "Adieu les Cons"

Melhor Realização: Albert Dupontel ("Adieu les Cons")

Melhor Atriz: Laure Calamy ("Antoinette dans les Cévennes")

Melhor Ator: Sami Bouajila ("Un Fils")

Melhor Atriz Secundária: Émilie Dequenne (“Les choses qu’on dit, les choses qu’on fait”)

Melhor Ator Secundário: Nicolas Marié ("Adieu les Cons")

Melhor Esperança Feminina: Fathia Youssouf ("Mignonnes: Primeiros Passos")

Melhor Esperança Masculina: Jean-Pascal Zadi ("Tout simplement noir")

Melhor Filme Estrangeiro: "Mais Uma Rodada", de Thomas Vinterberg (Dinamarca)

Melhor Argumento Original: "Adieu les Cons"

Melhor Argumento Adaptado: "La Fille au bracelet"

Melhor Longa-Metragem de Animação: "Josep", de Aurel

Melhor Documentário: "Adolescentes", de Sébastien Lifshitz

Melhor Primeiro Filme: "Deux", de Filippo Meneghetti

Melhor Direção Artística: "Adieu les Cons"

Melhor Montagem: "Adolescentes"

Melhor Fotografia: "Adieu les Cons"

Melhor Guarda-Roupa: "La Bonne Épouse"

Melhor Banda Sonora: "La Nuit venue"

Melhor Som: "Adolescentes"

Melhor Curta-Metragem: "Qu'importe si les bêtes meurent", de Sofia Alaoui

Melhor Curta-Metragem de Animação: "L'Heure de l'ours", de Agnès Patron