A certa altura de "Power Rangers", os heróis descobrem que a Power Ranger amarela Trini, interpretada por Becky G, começa a encarar a sua orientação sexual, com uma personagem a pensar que ela tem "problemas com o namorado" antes de se aperceber que, na verdade, talvez sejam "problemas com a namorada".

Embora seja um breve momento, o realizador Dean Israelite define-o como essencial para o filme, que se torna a primeira produção de super-heróis de grande orçamento que tem uma protagonista LGBT.

"A Trini está realmente a questionar bastante quem ela é. Ela ainda não percebeu completamente. Acho que o que é excelente nessa cena e o que impulsiona para o resto do filme é que 'Está tudo bem'. O filme está a dizer 'Está tudo bem' e que todos os jovens têm de descobrir quem são e encontrar a sua tribo", explicou ao The Hollywood Reporter.

Também Becky G confirmou que a sua personagem seria a primeira super-heroína LGBT  de uma saga.

"Os Power Rangers sempre representou diversidade e sempre estiveram muito à frente do seu tempo em várias coisas. E embora possa ser um tema sensível para algumas pessoas, acho que é feito com muita classe", afirmou ao Screen Rant.

Curiosamente, a Malásia, um país de maioria muçulmana onde a homossexualidade é considerada ilegal e a temática LGBT costuma ser censura, autorizou a exibição comercial, que acontece já esta quinta-feira.

A decisão surgiu um dia após um comité de apelos ter desautorizado o comité de censura em relação a "A Bela e o Monstro", que vai estrear a 30 de março sem os cortes de quatro minutos que tinham sido exigidos em redor do "momento gay único", embora com classificação para maiores de 13 anos.