A cerimónia dos Óscares marcada para 25 de abril arrisca ser mais curta e perder impacto se faltarem vários dos nomeados e potenciais vencedores.

Segundo o Deadline Hollywood, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas está a receber queixas diretamente dos estúdios e agentes após os produtores do evento terem informado que não haverá zoom para nomeados que não possam ou não se sintam confortáveis em viajar por causa da pandemia.

Na semana passada, foi indicado por email que apenas os nomeados, os seus convidados e os apresentadores poderão estar presentes no principal local da cerimónia, a Union Station, a grande estação ferroviária de Los Angeles, que permite aplicar os protocolos de segurança da COVID-19.

Lista completa de nomeados aos Óscares

Óscares: a lista completa de vencedores
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Em causa está não só as deslocações de nomeados de fora dos EUA, que terão obrigatoriamente de cumprir dez dias de quarentena, como os estúdios e distribuidores que têm de pagar as contas e lidar com o "pesadelo logístico" das deslocações até Los Angeles.

Além disso, muitos nomeados estão na Europa, onde vários países estão em diferentes fases de confinamento e restrições a viagens ao estrangeiro consideradas não essenciais.

Outros também estão a trabalhar: para vir aos Óscares, podem ter de ficar em quarentena não só em Los Angeles como quando regressarem, o que na prática pode parar as produções em que estão envolvidos todo o mês de abril.

A situação também está a causar augústia: a partir de Londres, Emerald Fennell, nomeada para três Óscares históricos como produtora, realizadora e argumentista de "Uma Miúda com Potencial", admitiu que está nervosa com a eventualidade das regras mudarem e não conseguir viajar.

Numa vaga alusão a outras cerimónias virtuais e às instáveis ligações pela internet, os produtores dos Óscares explicaram que "estamos a fazer um grande esforço para oferecer uma noite segura e AGRADÁVEL para todos em pessoa, bem como para os milhões de fãs de cinema à volta do mundo, e sentimos que a coisa virtual diminuirá esses esforços."

Um consultor que trabalha com os Óscares classificou a decisão da Academia de não permitir a participação virtual como "arrogante" e está a aconselhar os estúdios a insistirem junto dos produtores para confirmar se a posição é final antes de decidir se trazem ou não os nomeados a Los Angeles.

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