Pela primeira vez em 95 anos, uma "equipa de crise" vai estar a postos para qualquer eventualidade na próxima cerimónia dos Óscares a 12 de março.

O diretor executivo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas disse que a decisão é outra consequência do momento em que Will Smith subiu ao palco no ano passado para dar uma bofetada a Chris Rock antes da apresentação da categoria de Melhor Documentário, ofuscando todos os prémios e outros momentos da cerimónia.

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"Temos uma equipa inteira de crise, algo que nunca tivemos, e muitos planos em andamento. Analisámos muitas possibilidades. Portanto, a nossa esperança é que estaremos preparados para qualquer coisa que não possamos antecipar agora, mas estamos a planear para o caso de acontecer", disse Bill Kramer à revista Time.

Foram muitas as críticas aos líderes da Academia pela falta de reação, tanto ao permitir a Will Smith manter-se na sala e voltar a subir ao palco 40 minutos mais tarde para aceitar o seu Óscar de Melhor Ator por "King Richard", como no primeiro comunicado nessa noite, onde a organização salientou que "não tolera qualquer forma de violência", sem mencionar o episódio ou anunciar qualquer medida em concreto sobre o que aconteceu.

"Por causa do ano passado, passámos a ter noção das muitas coisas que podem acontecer nos Óscares", reconhece agora o diretor executivo, que diz que a Academia passa a poder dizer que existe uma equipa definida e com protocolos para se juntar rapidamente e tomar decisões, com porta-voz e competência para redigir um comunicado.

Culminando uma semana em que a situação se foi agravando na esfera pública, Will Smith acabaria por renunciar à Academia, que mesmo assim o proibiu de comparecer à cerimónia e eventos associados durante uma década.