Hollywood está a caminho de pulverizar os seus piores abusos e de uma reinvenção, afirmou John Bailey, o presidente da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas, que organiza a cerimónia dos Óscares.

"A Academia está numa encruzilhada de mudanças", disse Bailey no almoço de segunda-feira com os nomeados aos Óscares, no hotel Beverly Hilton de Beverly Hills (vídeo pode ser visto aqui).

"Nós estamos vendo a Academia (de Ciências e Artes Cinematográficas) se reinventar diante de nossos olhos", afirmou.

"Há uma maior consciência e responsabilidade para equilibrar género, raça, etnias e religião", continuou.

"O rochedo fossilizado de muitos dos piores abusos de Hollywood está a ser pulverizado no esquecimento", concluiu.

"Nada deixa isto mais claro do que a riqueza de muitos dos filmes indicados este ano", destacou Bailey.

A Academia, que tem, na sua maioria, homens brancos e idosos, foi muito criticada nos últimos anos por nomear artistas predominantemente brancos e fundamentalmente masculinos.

Mas a organização iniciou uma expansão e diversidade dos seus membros.

O ano passado marcou uma mudança com o prémio de melhor filme para "Moonlight".

A lista de nomeados este ano é muito mais diversa, com vários candidatos negros como Denzel Washington, Daniel Kaluuya, Mary J. Blige, Jordan Peele e Octavia Spencer.

Outras nomeações celebradas foram as de Greta Gerwig, que se tornou a quinta mulher a disputar a categoria de realização, e Rachel Morrison, primeira mulher nomeada na categoria fotografia.

De Steven Spielberg, passando por Meryl Streep ao novo querido de Hollywood, Timothée Chalamet, todos os nomeados posaram para a foto da "turma de 2018" dos Óscares.

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