«Juno»,
«O Despertar da Mente»,
«Lost in Translation - O Amor é Um Lugar Estranho» e
«Fala com Ela» são alguns dos filmes premiados com o Óscar de Melhor Argumento Original os últimos anos pelo que, se a tendência de premiar a inovação e o arrojo nesta categoria se mantiver, a estatueta dourada irá parar às mãos de
Christopher Nolan, realizador e argumentista de
«A Origem». O cineasta britânico só não é aqui claramente o favorito uma vez que, não tendo sido nomeado ao Óscar de Melhor Realizador, a dinâmica de vitória do filme que assinou é claramente mais reduzida.

Dinâmica de vitória é precisamente o que pode valer a
«The Fighter», com sete nomeações às estatuetas douradas, que, se for o preferido da Academia, deverá também ser recompensado com este galardão. E é também precisamente o que pode levar à vitória de
David Seidler por
«O Discurso do Rei», o filme mais nomeado, que pode ter aqui mais um troféu a coroar uma noite de glória.

Boas hipóteses terá também o filme
«Os Miúdos Estão Bem», realizado por
Lisa Cholodenko que é também uma das argumentistas, e que poderá ser premiada pelo arrojo da proposta, frequentemente apreciada nesta categoria.

Até mesmo
«Um Ano Mais» tem hipóteses sólidas de vitória, mesmo estando apenas nomeado nesta categoria, já que o autor do argumento,
Mike Leigh, é também o realizador do filme, e tem aqui a sua sétima nomeação ao Óscar sem qualquer vitória (foi antes nomeado pela Realização e Argumento de
«Segredos e Mentiras», pelo Argumento de
«Topsy-Turvy», pela Realização e Argumento de
«Vera Drake» e pelo Argumento de
«Um Dia de Cada Vez»). Nesse sentido, os votantes podem achar que está na altura de premiar um dos mestres do cinema britânico.

Os nomeados

Lisa Cholodenko e Stuart Blumberg, por
«Os Miúdos Estão Bem»

Christopher Nolan, por
«A Origem»

David Seidler, por
«O Discurso do Rei»

Mike Leigh, por
«Um Ano Mais»

Scott Silver, Paul Tamasy e Eric Johnson, por
«The Fighter»

E o vencedor é:
David Seidler, por
«O Discurso do Rei»