«Do sobrenatural ao gore, do terror psicológico ao monster movie, das grandes produções aos independentes, do clássico ao experimental, do culto às novas tendências», o MOTELx vai mostrar, «sem dogmas nem preconceitos», uma seleção dos «filmes que mais entusiasmo têm suscitado nos quatro cantos do mundo nos últimos tempos», refere a associação cultural sem fins lucrativos CTLX – Cineclube de Terror de Lisboa.
A quinta edição do
MOTELx – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa arranca hoje, 7 de setembro, e prolonga-se até domingo, dia 11, no Cinema S. Jorge, em Lisboa. A edição deste ano pretende centrar-se «menos no passado» e «mais no presente e consequentemente no futuro», propondo um debate sobre «o estado atual do cinema de terror no mundo», afirmou
João Monteiro, um dos membros da direção do certame.
Nesse sentido, o homenageado da edição deste ano é
Eli Roth, que «pertence a uma geração que reivindica o passado como meio de atingir o futuro numa altura em que o terror se faz apenas de «remakes» e efeitos digitais», diz a organização do festival. Outro realizador em retrospetiva é
Sion Sono, «um dos novos autores do cinema de género», com um «universo muito particular».
A secção principal do MOTELx, Serviço de Quarto, integra «dois nomes históricos»,
John Landis, convidado de honra do festival em 2009, e
John Carpenter, com
«Burke & Hare» e
«The Ward», respetivamente.
A organização destaca ainda
«Stake Land», «épico apocalíptico» de Jim Mickle,
«The Woman», de Lucky McKee, «o filme mais controverso do último festival de Sundance,
«The Violent Kind», de The Butcher Brothers, que funde vários géneros e presta homenagem ao universo de
David Lynch,
«Mother’s Day», de
Darren Lynn Bousman, que assinala o regresso de
Rebecca De Mornay, e
«The Shrine», de Jon Knautz, que aborda os cultos satânicos.
«O Caçador de Trolls», primeira obra do realizador norueguês André Øvredal e «um dos mais originais monster movies dos últimos tempos», nas palavras da organização, abre hoje o certame, por volta das 21h30.
A secção Quarto Perdido, dedicada a «tesouros escondidos do cinema de género português», exibirá «o clássico dos clássicos de culto:
«Cartas de Amor de Uma Freira Portuguesa»», de Jesus Franco, datado de 1977. Esta adaptação das cartas da freira portuguesa Mariana Alcoforado conta com um elenco que inclui
Ana Zanatti, Vítor de Sousa,
Nicolau Breyner,
Herman José,
José Viana e Vítor Mendes.
A segunda longa-metragem de
Edgar Pêra,
«O Barão», adaptação do conto de Branquinho da Fonseca, que se estreou no último IndieLisboa, também integra esta secção.
Este ano o prémio para a Melhor Curta de Terror Portuguesa recebeu cerca de 70 trabalhos, dos quais selecionou 12, indicou à Lusa Carina Coelho, da organização do MOTELx.
O vencedor do prémio será anunciado na sessão de encerramento do festival, no dia 11 de setembro, e receberá um prémio monetário de 3.000 euros, mais 5.000 euros em serviços de pós-produção vídeo na Pixel Bunker, 3.000 euros em serviços de pós-produção áudio na Obviosom e «um fim-de-semana de inspiração» num hotel da cadeia Belver, que patrocina o festival.
A primeira temporada da série
«The Walking Dead», inspirada na banda desenhada da Image Comics escrita por Robert Kirkman e desenhada por Tony Moore - sobre a batalha pela sobrevivência de um grupo de humanos que tentam resistir à dominação do mundo por parte dos zombies -, será exibida em maratona no sábado, a partir das 00:30 e durante cinco horas.
O júri deste ano é constituído pelo ator, realizador e produtor Nicolau Breyner e pelo realizador
Frederico Serra, aos quais se juntará um convidado internacional a anunciar mais tarde pela organização.
@Lusa
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