Concluída a mais recente trilogia "Star Wars" (2015 - 2019), Oscar Isaac não se vê a regressar à sua personagem, Poe Dameron.

"A Propósito de Llewyn Davis" (2013), para os irmãos Coen, tornou-o um nome conhecido e respeitado em Hollywood. Seguiram-se filmes, mais aclamados pelos críticos do que sucessos comerciais, como "Um Ano Muito Violento" (2014) e "Ex Machina" (2015).

Mas numa entrevista virtual ao Deadline com o realizador Paul Schrader, com quem estava a fazer um novo filme interrompido pela COVID-19 em março, o ator indicou que a paragem forçada o fez repensar os objetivos da carreira.

"Senti-me como se tivesse sido um homem no deserto durante muitos anos porque tenho estado ao serviço destes filmes maiores", explicou, referindo-se à trilogia, acrescentando que se sente num momento de viragem pessoal e um regresso à "galáxia muito distante", brincou, provavelmente só acontecerá se "precisar de outra casa ou algo do género".

"Gostei do desafio de fazer esses filmes e trabalhar com um grupo muito vasto de artistas e atores incríveis, e tudo isso foi realmente divertido", destacou.

"Não é realmente o que me propus fazer. O que me propus fazer era filmes artesanais e trabalhar com pessoas que me inspiravam", reforçou o ator de 41 anos, deixando perceber que os filmes "Star Wars" não foram as experiências mais enriquecedoras da sua carreira.

Oscar Isaac remata o tema recordando os filmes do cineasta com quem está a trabalhar, Paul Schrader, o lendário argumentista de "Taxi Driver" e "O Touro Enraivecido", e realizador do recente e aclamado "No Coração da Escuridão"

"Os filmes do Paul , as coisas que ele fez, estão no meu ADN. Obviamente que não estou sozinho. Para todos os atores de uma certa geração, esses são os filmes que os fizeram quem eles são, portanto sem dúvida que esse é o meu caso", indicou.

"Parece-me um ponto de viragem pessoal e isso, para mim, não tem nada a ver com o produto acabado. É o processo de o fazer", concluiu.