Michelle Yeoh foi aconselhada por muitas pessoas para se reformar antes de aceitar o papel como protagonista de "Tudo em Todo o Lado ao Mesmo Tempo", que lidera a corrida aos Óscares de 12 de março com 11 nomeações.

Segundo a veterana atriz malaia, que começou nos filmes de ação de Hong Kong na década de 1980, a indústria cinematográfica achava que ela era demasiado velha para continuar a trabalhar.

Agora, aos 60 anos, está nomeada pela primeira vez para os Óscares pela interpretação uma imigrante chinesa nos EUA arrastada para uma aventura épica na qual só ela pode salvar o mundo, passando por vários universos paralelos e explorar todas as vidas que não chegou a viver.

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Um papel que, soube-se em entrevistas recentes, foi oferecido antes a uma estrela masculina, o amigo e antigo parceiro no cinema de Hong Kong: Jackie Chan.

"Sabe, conforme se envelhece, os papéis ficam mais pequenos. Parece que os números sobem e estas coisas encolhem e depois começa-se a ser relegado cada vez mais para as margens", contou no mais recente episódio do 'podcast' The Envelope, do jornal Los Angeles Times.

"Portanto, quando chegou o 'Tudo em Todo o Lado...'... foi muito emocional porque isto significa que és tu que estás a liderar todo este processo, quem está a contar a história. É sobre uma mulher normal que se torna uma super-heroína. É sobre ser engraçada, dramática, fazer artes marciais; quase tipo como um filme de terror. Foi como ter cinco géneros transformados em um", notou.

"Uma pessoa envelhece e as pessoas começam a dizer 'Pois, devias retirar-se. Devias fazer isto, devias fazer...'. Não. Não me digam o que fazer. Sou eu que devo controlar o que consigo fazer, certo?", reforçou.

O seu primeiro filme norte-americano como protagonista tornou-se um sucesso de bilheteira e um fenómeno da cultura popular, o que também mereceu uma reflexão da atriz: "A primeira coisa é que se fica a sentir como ‘Finalmente, obrigado. Vocês estão a ver-me, realmente a ver, e a dar a oportunidade de mostrar que sou capaz de fazer tudo isto'".

"Como ator, precisamos de oportunidades. Precisamos do papel que nos irá ajudar a mostrar do que somos capazes", concluiu.

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