A atriz e cantora Olivia Newton-John morreu esta segunda-feira aos 73 anos. A notícia foi confirmada na sua página oficial de Facebook.
"A Dame Olivia Newton-John morreu pacificamente no seu rancho na Califórnia esta manhã, rodeada da sua família e dos seus amigos. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da família neste momento difícil", pode ler-se no comunicado partilhado na rede social.
"A Olivia foi um símbolo de triunfos e esperança por mais de 30 anos, partilhando a sua batalha contra o cancro da mama. A sua inspiração e experiência pioneira com plantas medicinais continuará com o Fundo da Fundação Olivia Newton-John, dedicado à investigação de plantas medicinais e do cancro", acrescenta o comunicado.
O mesmo post pede aos fãs que, em vez de comprarem flores, façam doações para a sua fundação.
Em 2018, a artista revelou que teve cancro pela terceira vez, depois de um diagnóstico de cancro da mama em 1992 e um tumor no ombro em 2013. Depois do primeiro diagnóstico, passou a trabalhar com associações que combatem essa doença.
Uma carreira com música, cinema e muita música no cinema
Natural de Cambridge, Inglaterra, a atriz emigrou com a família para a Austrália quando era criança. Newton-John gravou o primeiro single em 1966, "Till You Say You'll Be Mine", já no Reino Unido, para onde regressou após ganhar um concurso de talentos na televisão australiana. Ao longo da década de 70, tornou-se uma das cantoras mais populares da sua época, com sucessos como "I Honestly Love You", "Let Me Be There", "Please Mr. Please", "Something Better to Do" ou Don't Stop Believin" e, já nos anos 80, "Physical" ou "Heart Attack".
Ao longo da sua carreira musical, vendeu cerca de 100 milhões de discos, chegando ao disco de ouro nada menos que 25 vezes, em 11 singles (atingindo em dois deles Platina) e 14 álbuns (chegando à Platina em dois e à dupla Platina em quatro). Nomeada 12 vezes aos Grammy, ganhou quatro, em 1973 de Melhor Interpretação Country Feminina por "Let Me Be There" , em 1974 de Disco do Ano e Melhor Interpretação Pop Feminina por "I Honestly Love You", e em 1982 de Teledisco do Ano por "Olivia Physical".
Em 1974, concorreu ao Festival Eurovisão da Canção pelo Reino Unido com o tema "Long Live Love" e ficou em quarto lugar, no ano em que o Abba triunfaram com "Waterloo".
Em 1978, tornou-se uma estrela de cinema ao protagonizar, ao lado de John Travolta, o filme "Grease - Brilhantina".
Adaptado do musical da Broadway “Grease”, o filme foi um dos maiores sucessos de bilheteira da década de 70, sedimentou o estatuto de estrela de John Travolta, que protagonizara “Febre de Sábado à Noite” no ano anterior, e elevou ao estrelato cinematográfico Olivia Newton-John, como a eterna Sandy.
“Brilhantina”, que conta a história de amor de um rebelde de blusão preto e de uma menina inocente e romântica num liceu dos anos 50, teve uma banda sonora que se tornou um dos maiores sucessos de sempre, com mais de 28 milhões de cópias vendidas e que incluía o hit "You're The One That I Want", um dueto cantado com John Travolta que permaneceu nos tops por mais de seis meses, ou "Hopelessly Devoted to You".
O resto da carreira no cinema não teve o mesmo brilho, mas acabou por lhe fornecer outros sucessos musicais, caso do filme "Xanadu" (1980), com os temas "Magic" e "Xanadu", ou a fantasia romântica "Milagre de Amor", que a voltou a reunir com John Travolta, e deu origem aos sucessos "Twist of Fate", "Livin' in Desperate Times" e "Take a Chance", esta última em dueto com o ator.
Em 2019, foi nomeada pela rainha Isabel II Dama Comandante Honorária da Ordem do Império Britânico pelo seu envolvimento na luta contra o cancro e contribuição para as artes.
Olivia Newton-John era casada com John Easterling e tinha uma filha, Chloe Lattanzi.
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