«Vou interpretar o Genghis [Khan].
John [Milius] escreveu o filme como sendo contado pelo ponto de vista do filho e do neto dele, de como eles viam aquela figura mítica a partir da família. Vêmo-lo em «flashbacks», quando ele já estava na casa dos quarenta anos. E, nessa época, estar na casa dos quarenta anos já era ser muito velho», disse o actor
Mickey Rourke ao «Orlando Sentinel», confirmando a sua participação como protagonista no novo «biopic» do líder mongol.

O filme será escrito e realizado por John Milius, um cineasta que o integra o núcleo de «movie brats» dos anos 70 - que incluia nomes como
Steven Spielberg,
Francis Ford Coppola,
George Lucas e
Martin Scorsese -, e que assinou vários filmes musculados, como
«Conan e os Bárbaros» e
«Os Três Amigos», além de ter participado como argumentista em fitas como
«Apocalipse Now» e
«Dirty Harry».

«Historicamente, quem ler coisas sobre a personagem verá que ele era um mistério. Há imensos mitos em redor dele, mas também algumas histórias verídicas. Milius reviu tudo isso ao preparar o filme, por isso será fascinante interpretar a personagem», sublinhou Rourke.

Mas além do fascínio que inspira a personagem de Genghis Kahn, Rourke também foi seduzido por um lado muito particular do imperador mongol: o seu afecto aos cães: «Uma das coisas de que gosto no Genghis Khan é o amor dele pelos cães. Os mongóis usavam cães em batalha e eles raramente sobreviviam. Mas há uma ocasião, neste argumento, em que ele ordena aos seus homens: «Não soltem os cães». Ele estava a proteger os cães. Eu gosto disso», afirmou ainda ao «Orlando Sentinel».

A data de início da rodagem ainda não foi divulgada mas sabe-se que as filmagens deverão decorrer na China e na Índia. O filme marcará o regresso de Milius à realização para cinema, que já não pratica desde 1991, com a fita
«Intruder - Missão de Alto Risco», tendo passado as últimas duas décadas entre funções de argumentista e produtor em projectos como a série televisiva
«Roma».

Genghis Khan, que criou o império mongol, geograficamente o maior da história, já teve a sua vida várias vezes adaptada ao cinema, nomeadamente nos malogrados
«O Conquistador»(1956) e
«Genghis Kahn, o Conquistador» (1965), respectivamente com
John Wayne e
Omar Sharif no papel principal, além do muito elogiado filme russo
«Mongol». (2007).