"A Senhora da Água" é um dos filmes de M. Night Shyamalan que mais divide os seus fãs, enquanto "O Sexto Sentido" é um dos mais consensuais.

Mas o realizador prefere claramente o primeiro.

"Aqueles pelos quais tenho mais afinidade são os que mantiveram essa natureza peculiar. ‘O Protegido’ [2000], ‘A Senhora da Água’ [2005] e ‘A Visita’ [2015], e este filme [‘Presos no Tempo’, o mais recente nos cinemas]... aqueles que são desconfortáveis", revelou à revista GQ.

As peculiaridades destes filmes são mais valorizadas pelo realizador do que "O Sexto Sentido", que chegou aos cinemas em 1999 e além de ter recebido várias nomeações para os Óscares, continua a ser o seu maior sucesso de bilheteira.

Quando a revista sugere que existe "um decoro, uma dignidade nesse filme, que o tornam quase demasiado elegante", Shyamalan respondeu com a sugestão de que é um filme mais "formal" ("qualidade de fato e gravata", nas suas palavras).

O Sexto Sentido

Descrito como o trabalho mais pessoal do realizador, a partir de um argumento escrito para as suas filhas, "A Senhora da Água" é o maior fracasso da sua carreira.

A história centra-se num gerente de um bloco de apartamentos (Paul Giamatti) que se depara com uma mulher estranha a nadar nas piscinas (Bryce Dallas Howard) que é uma criatura fantástica enviada para a Terra para proteger a humanidade de uns seres místicos que lhe querem causar mal.

A Senhora da Água

Ao contrário dos seus trabalhos anteriores e posteriores, em que tem participações simbólicas como ator, Shyamalan deu a si mesmo um papel mais proeminente como um visionário cujos escritos mudam o mundo, o que levou os detratores a criticar o filme como um exercício de pretensiosismo e uma dispendiosa massagem de ego (não ajudou o facto de incluir na história a personagem de um crítico de cinema arrogante que tinha um fim trágico, o que foi encarado como uma resposta aos seus próprios críticos).

"Presos no Tempo" estreia esta semana nos cinemas.

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