Morreu a antiga estrela infantil Lee Aaker, protagonista da célebre série "Rin-Tin-Tin" (1954-1959), exibida em Portugal na década de 1960 pela RTP, e de vários filmes relevantes da década de 1950.

Lee Aaker faleceu a 1 de abril aos 77 anos após sofrer um acidente vascular cerebral, sozinho e sem que o seu corpo fosse reclamado, com a sua certidão de óbito a colocá-lo como "falecido indigente", confirmou nas redes sociais e também à publicação especializada The Hollywood Reporter o também antigo ator infantil e ativista Paul Petersen.

Acrescentou que foi mais um triste fim para um ator infantil de Hollywood que teve problemas com drogas e álcool na idade adulta: "Apenas existes para agradar a todos e quando não sobra mais nada, és descartado".

Além da série infantil como o Cabo Rusty onde partilhou o ecrã com um pastor alemão durante cinco temporadas, Lee Aaker entrou em alguns filmes importantes ainda antes de fazer dez anos, contracenando por exemplo com John Wayne, Geraldine Page e Barbara Stanwyck.

Fred Zinnemann descobriu-o durante um programa de TV e deu-lhe o protagonismo de "Benjy" (1951), que ganharia o Óscar de Melhor Documentário de Curta-Metragem.

Teve papéis não creditados no clássico "O Comboio Apitou Três Vezes" (1952), também de Zinnemann, e no Óscar de Melhor Filme "O Maior Espectáculo do Mundo" (1952), mas o seu nome apareceu acima do de Marilyn Monroe em "Páginas da Vida" (1952).

Antes do papel que o tornou popular, entrou ainda em "A Cidade Atómica" (1952), "Vida Contra Vida" (1953), "Hondo" (1953), "Arena" (1953), "O Rei dos Escuteiros" (1953), "Ricochet Romance" (1954) e "Um Valente" (1954.)

Quando acabou a série e já um adolescente de 15 anos, ainda entrou em episódios de algumas séries, antes de abandonar Hollywood em 1963. Posteriormente, alistou-se na Força Aérea, trabalhou como carpinteiro e foi professor de esqui de crianças desfavorecidas.