O compositor Jóhann Jóhannsson morreu esta sexta-feira aos 48 anos, confirmou o seu agente. O seu corpo foi encontrado no seu apartamento de Berlim.

As autoridades alemãs estão a investigar o caso e será feita uma autópsia mas, até ao momento, desconhece-se a causa da morte.

A morte foi também confirmada na sua página de Facebook.

"Lamentamos profundamente a perda repentina do nosso cliente e querido amigo Jóhann Jóhannsson, cujo enorme talento, humildade e bondade enriqueceram as nossas vidas imensamente. A sua música inspirou muitas novas gerações de realizadores e compositores”, pode ler-se num comunicado divulgado pela sua agência.

Jóhann Jóhannsson foi nomeado por duas vezes ao Óscar de Melhor Banda Sonora Original, pelos filmes "A Teoria de Tudo" e "Sicario". O primeiro, sobre a vida de Stephen Hawking, e com Eddie Redmayne e Felicity Jones nos principais papéis, valeu-lhe um Globo de Ouro.

Foi também responsável pela banda sonora de "O Primeiro Encontro", trabalho que lhe valeu uma segunda nomeação ao Globo de Ouro. Em 2017, foi responsável pela banda sonora do filme "Mãe!", de Darren Aronofsky.

Apesar de já ter uma lista de créditos extensa, o seu primeiro trabalho para o cinema a conseguir atenção internacional foi na banda sonora de "Raptadas", o filme de Denis Villeneuve de 2013, realizador com quem voltou a trabalhar em "Sicario" e "O Primeiro Encontro".

Em março chegará ainda aos cinemas o filme "Maria Madalena", de Garth Davis, com Joaquin Phoenix como Jesus Cristo e Rooney Mara como Maria Madalena, cuja banda sonora Jóhannsson também assinou.

Nascido em Reykjavík, na Islândia, Jóhannsson iniciou sua carreira como um guitarrista de rock, mas acabou por enveredar pela composição de bandas sonoras para películas.

O compositor distinguia-se por misturar sons clássicos e eletrónicos modernos nas bandas sonoras e tinha também uma carreira a solo na música. O seu primeiro álbum "Englaborn" foi lançado em 2002. Seguiram-se “Viroulegu Forsetar” em 2004, “IBM 1401, A User’s Manual” em 2006, “Fordlandia” em 2008 e “Orphee” em 2016.