James Purefoy preferia que nunca tivesse sido sabido que foi um dos finalistas para ser James Bond.
Conhecido por filmes como "Resident Evil" e "Solomon Kane", bem como pelas séries "Roma", "The Following" e "Altered Carbon", o ator inglês, agora com 56 anos, revelou o que significa estar perto e falhar um dos papéis mais cobiçados do cinema: primeiro perdeu por pouco para Pierce Brosnan a meio dos anos 1990 e uma década voltou a estar na lista para ser o seu sucessor, mas foi ultrapassado por Daniel Craig.
"Já houve trabalhos, Bond sendo um deles, em que se fica muito perto de conseguir algo e depois começa-se a afastar porque as ramificações do que aconteceria se conseguisse tornam-se um bocado perturbadoras. Quanto mais perto ficava de Bond mais aumentavam as minhas dúvidas", revelou sobre a experiência numa entrevista ao jornal britânico The Independent.
James Purefoy acredita que aconteceu o mesmo com Daniel Craig.
"Pelo que percebi, ele recusou duas ou três vezes por causa de algo semelhante: sentir-se desconfortável por ficar preso num gigantesco mundo corporativo onde se passa mais tempo a promover o filme e a usar relógios e fatos, a ir para sessões de fotos e campanhas de publicidade... e acaba-se por ter de lidar com uma série de coisas que realmente se preferia não ter de fazê-lo porque não é o seu trabalho. [...] O que você faz é existir noutra pessoa entre 'ação' e corta'. Essa é a parte mais pura e interessante do trabalho", explicou.
"A coisa do Bond... De certa forma gostaria que nunca se tivesse sabido que estive na corrida para ser Bond. Tem atormentado a minha vida – o trabalho que não consegui", concluiu.
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