Ao longo de 96 anos, a Academia de Ciências e Artes de Hollywood, já galardoou 78 intérpretes com o Óscar de Melhor Atriz. Houve, por isso, várias atrizes a ganhar o Óscar mais que uma vez.

A recordista absoluta de qualquer Óscar de interpretação é Katharine Hepburn que ganhou quatro vezes o Óscar de Melhor Atriz, por «Glória de um Dia» (em 1934), «Adivinha quem Vem Jantar» (1968), «Um Leão no Inverno» (1969) e «A Casa do Lago» (1982). Segue-se Frances McDormand, que ganhou a estatueta três vezes, por «Fargo» (1997) «Três Cartazes à Beira da Estrada» (2018) e «Nomadland - Sobreviver na América» (2021).

Houve ainda 13 intérpretes que ganharam duas vezes o Óscar de Melhor Atriz: Luise Rainer por «O Grande Ziegfeld» e «Terra Bendita», Bette Davis por «Mulher Perigosa» e «Jezebel, a Insubmissa», Olivia de Havilland por «Lágrimas de Mãe» e «A Herdeira», Vivien Leigh por «E Tudo o Vento Levou» e «Um Eléctrico Chamado Desejo», Ingrid Bergman por «Meia Luz» e «Anastásia», Elizabeth Taylor por «O Número do Amor» e «Quem tem Medo de Virgínia Woolf», Glenda Jackson por «Mulheres Apaixonadas» e «Um Toque de Classe», Jane Fonda por «Klute» e «O Regresso dos Heróis», Sally Field por «Norma Rae» e «Um Lugar no Coração», Jodie Foster por «Os Acusados» e «O Silêncio dos Inocentes», Hilary Swank por «Os Rapazes Não Choram» e «Million Dollar Baby – Sonhos Vencidos», Meryl Streep, por «A Escolha de Sofia» e «A Dama de Ferro» e Emma Stone por «La La Land – Melodia de Amor» e «Pobres Criaturas».

Houve também, pela única vez nas categorias de interpretação, um empate exato de votos. Em 1969, Barbra Streisand e Katharine Hepburn ganharam ambas o Óscar de Melhor Atriz, respetivamente por «Funny Girl – Uma Rapariga Endiabrada» e «Um Leão no Inverno», ao receberem precisamente o mesmo número de votos.

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A categoria existe desde a primeira cerimónia, em 1929, mas nos primeiros dois anos consagrava o trabalho de uma atriz por todos os filmes que fizera no respetivo ano.

Logo na terceira cerimónia, a regra mudou, com apenas um dos filmes a ser citado no prémio final embora com mais que uma película a surgir nos boletins de voto.

Finalmente, a partir da quarta cerimónia, em 1931, instaurou-se o atual sistema de que é a interpretação num determinado filme de cada atriz que é alvo de nomeação.

Até à oitava cerimónia, em 1936, o galardão destinava-se a todas as atrizes mas a partir da nona cerimónia, em 1937, a categoria dividiu-se em Atriz Principal e Atriz Secundária, o que se mantém até hoje.

Meryl Streep é a mais nomeada ao Óscar de Melhor Atriz, com 17 nomeações (a que se somam outras quatro de Atriz Secundária).

Kate Winslet é outra intérprete que continuamente mais recordes bate a cada nomeação aos Óscares que recebe: aos 22 anos foi então a atriz mais jovem a receber duas nomeações, sendo-o posteriormente a receber três, quatro, cinco e seis, aos 33 anos, por «O Leitor», pelo qual conquistou finalmente a estatueta dourada, recorde que ainda hoje mantém.

Até à data, Jessica Tandy foi a mais idosa vencedora do Óscar de Melhor Atriz, ganhando aos 80 anos por «Miss Daisy», e Marlee Matlin foi a mais jovem de todas, conquistando aos 21 anos a estatueta dourada por «Filhos de Um Deus Menor».