A caminho dos
Óscares 2022
Os Globos de Ouro continuam de pé em 2022, informaram os seus organizadores esta sexta-feira, apesar da decisão do canal nacional NBC de não transmitir a cerimónia, argumentando a preocupação com as suas posições quanto à diversidade e transparência.
A Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood [HFPA na sigla inglesa], encarregada de votar nos Globos de Ouro e que tem sido alvo de acusações de racismo, sexismo, intimidação e corrupção, afirmou que a "apresentação dos prémios" terá lugar a 9 de janeiro.
Ainda não se sabe, porém, como os prémios serão anunciados e se haverá uma cerimónia.
A data coincide com outro evento, os Critics’ Choice Awards, transmitidos no canal CW, o que já levou a presidente dessa organização a descrever o anúncio da HFPA como "uma ação mesquinha e vingativa" e "um insulto à indústria".
Tradicionalmente, os Globos de Ouro abrem a temporada de prémios de Hollywood e atraem uma constelação glamorosa de estrelas.
Mas a NBC praticamente cancelou a festa de 2022 em maio, após vários dos grandes estúdios de Hollywood suspenderem os laços com a HFPA e estrelas como Tom Cruise e Scarlett Johansson criticarem a organização.
Ao mesmo tempo, Netflix e Amazon disseram que não trabalhariam com a HFPA até que mudanças "significativas" ocorressem nos seus quadros.
A polémica foi gerada por uma reportagem de fevereiro do jornal Los Angeles Times que apontava que a associação não tinha membros negros, mas o descontentamento com esta assombra Hollywood há anos.
Este mês, o HFPA admitiu 21 novos membros, dizendo que é o "maior e mais diverso" grupo nos seus 78 anos de história, acrescentando que planeia uma expansão semelhante para o próximo ano.
A HFPA também anunciou uma colaboração de cinco anos com a Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP) para "aumentar a diversidade, justiça e inclusão na indústria de entretenimento global".
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