Dois dos artistas mais celebrados do meio cinematográfico, o cineasta francês Gaspar Noé e o ator mexicano Gael García Bernal estarão em Espinho para a nova edição do FEST, que decorre entre 20 e 27 de junho.

Cada um fará uma “masterclass” de duas horas, destacou o diretor do festival Fernando Vasquez em conversa com o SAPO Mag sobre estes e outros eventos cinematográficos que completam a programação.

Gaspar Noé

Gaspar Noé

Uma das figuras essenciais do cinema contemporâneo, com trabalhos como "Irreversível", "Enter the Void - Viagem Alucinante", "Love", "Clímax" e "Lvx Æterna", o realizador é um dos grandes destaques da nova edição do festival. Conforme salienta o diretor do FEST, "apesar de ser um provocador típico do cinema de género, tem claramente um lado muito ‘arthouse’ e essa mistura tornou-o numa referência de vários discursos cinematográficos. Será uma mais-valia incalculável para os participantes e sua ‘masterclass’ um ponto alto da história do evento”.

Gael García Bernal

O ator é uma figura icónica do “novo cinema mexicano” que explodiu internacionalmente ainda na década de 90.

“A sua carreira é um dos pontos de encontro de vários autores, onde se destacam Alfonso Cuarón e Alejandro Iñárritu. Ao longo dos anos, várias das maiores figuras da cena latino-americana trabalharam com ele, como são os casos do Walter Salles, Fernando Meirelles e Pablo Lorrain”, observa Vasquez.

Outros convidados

O FEST tem um grande foco entre as escolas de cinema europeias, cujos participantes compõem uma parte importante do festival. Assim, diversos técnicos importantes do cinema mundial costumam marcar presença em Espinho.

Este ano, um deles é Barry Alexander Brown, editor que tem trabalhado em quase todos os filmes do Spike Lee, desde a década de 80 com “Não Dês Bronca”.

Outro dos nomes é o de Tomas Eskilsson, produtor e fundador da Film I Vast, a produtora dinamarquesa que se tornou icónica para o novo cinema nórdico. São deles obras como o Óscar de Melhor Filme Internacional "Mais uma Rodada”, de Thomas Vinterberg, e os nomeados para as estatuetas douradas “A Pior Pessoa do Mundo", de Joachim Trier, e “Na Fronteira", de Ali Abassi.

Entre os convidados constam ainda Ian Smith, produtor de “Mad Max: Estrada da Fúria”; Mark Ulano, misturador de som de várias obras do Quentin Tarantino; e Peter Webber, realizador de “Rapariga com Brinco de Pérola”.

Filme de Abertura

"Lullaby"

Na programação cinematográfica, um dos destaques é o filme de abertura: “Lullaby”.

A primeira obra da espanhola Alauda Ruiz De Azúa apresenta uma jovem mulher que acabou de se tornar mãe e que, por algumas vicissitudes da vida, se vê obrigada a passar uma temporada em casa dos pais. E assim, os papéis de mãe e filha vão misturando-se, até o espectador ser confrontado com uma dissertação detalhada e complexa sobre o amor maternal, isto numa família que tem pouco de comum.

“O próprio Pedro Almodóvar ficou de tal maneira encantado com o filme que o descreveu como a melhor primeira longa espanhola em muitos anos”, ressalta o diretor do FEST.

“É natural que tenha reagido dessa maneira, é um filme sólido, íntimo e tocante. E conta com performances de peso por parte de Laia Costa e Susi Sanchez. Depois da estreia em Berlim, ganhou seis prémios em Málaga. Tem tudo para ser um dos grandes sucessos do ano do cinema espanhol”, define.

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