Com Harry Styles, Chris Pine e Gemma Chan ao seu lado, mas não Florence Pugh, Olivia Wilde esteve esta segunda-feira frente aos jornalistas no Festival de Veneza, mas ficou-se por respostas ensaiadas sobre as controvérsias à volta de "Não Te Preocupes Querida" nas últimas semanas, como as tensões nos bastidores e as diferenças salariais.

A organização também ajudou a evitar perguntas incómodas sobre a saída de Shia LeBeouf do projeto.

Causou estranheza o festival confirmar a presença de Florence Pugh na passadeira vermelha de "Não Te Preocupes Querida", mas justificar a ausência da conferência de imprensa com o voo de Budapeste, onde decorre a rodagem de "Dune": é que Timothée Chalamet, o protagonista desse filme, passou a sexta-feira em Veneza a promover o seu novo filme "Bones and All". Além disso, seria possível coordenar as agendas: os três filmes são distribuídos pelo mesmo estúdio, a Warner Bros.

O facto de a atriz chegar a Veneza cinco minutos depois da pergunta sobre a sua ausência (segundo o jornalista Kyle Buchanan do The New York Times) não irá certamente dissipar os rumores.

Harry Styles, Gemma Chan, Chris Pine e Olivia Wilde a 5 de setembro em Veneza

Mas o sinal de que havia um guião preparado notou-se quando perguntaram a Olivia Wilde se queria dar esclarecimentos sobre os rumores que circulam de uma alegada tensão com a protagonista do seu filme: "A Florence é uma força. Estamos tão gratos que ela tenha conseguindo vir esta noite [para a passadeira vermelha] apesar de estar na rodagem de 'Dune'. Sei, como realizadora, como é complicado perder um ator nem que seja por um dia, portanto estou-lhe grata e ao [realizador] Denis Villeneuve por nos ajudarem. E iremos celebrar o seu trabalho esta noite. Tenho muita honra em a ter como a nossa protagonista".

A resposta também estava preparada sobre o impacto mediático das polémicas: "Quanto a todas as coscuvilhices intermináveis ​​dos tabloides e todo o barulho lá fora, a Internet alimenta-se sozinha. Não sinto necessidade de contribuir; acho que está suficientemente bem alimentada".

Mais do que o próprio filme, são as histórias dos bastidores que têm estado no centro das atenções, nomeadamente de um alegado desagrado de Florence Pugh com o profissionalismo de Olivia Wilde (circulam rumores de que terá ficado "distraída" quando começou o envolvimento amoroso com Harry Styles e o diretor de fotografia Matthew Libatique e a própria Florence Pugh tiveram de dirigir cenas) e o ênfase que estava a ser dado às cenas de sexo (como tem feito Olivia Wilde).

Foi ainda notado notado que Olivia Wilde não disse que os salários tinham sido iguais ou que Florence Pugh tinha sido a bem mais paga quando surgiu o rumor que a atriz tinha recebido 700 mil dólares de salário e Harry Styles, que tem um papel secundário, chegou aos 2.5 milhões.

Uma entrevista à revista Variety em que foi sugerido que tinha despedido Shia LaBeouf devido à sua "energia combativa" e para "proteger" Florence Pugh deitou ainda mais achas para a fogueira mediática: à mesma revista, o ator desmentiu-a e disse que foi ele que desistiu, apresentando mensagens a contradizer esta versão e um vídeo onde a realizadora lhe pede para mudar de ideias e parece culpar a sua protagonista, que chamou de "Miss Flo", pelas tensões com o ator.

A pergunta de um jornalista do The Hollywood Reporter sobre Shia LaBeouf foi bloqueada pelo moderador da conferência de imprensa, que disse que já tinha respondida quando se falou sobre o "barulho da Internet" e passou a seguir para as suas próprias perguntas sobre o guarda-roupa e a fotografia do filme.

A história de uma comunidade distópica isolada no deserto da Califórnia na década de 1950 chega aos cinemas portugueses a 22 de setembro.

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