O filme “Maria do Mar” (1930), de Leitão de Barros, inaugura, na sexta-feira, um curto ciclo de cinema na Cinemateca de Oslo, dedicado a filmes portugueses relacionados com a temática do mar e que foram digitalizados.
De acordo com a Cinemateca Portuguesa, o ciclo exibirá filmes portugueses inéditos na Noruega abrangidos pelo projeto "FILMar", de financiamento para a digitalização de pelo menos 10.000 minutos de cinema português relacionado com o mar.
“Maria do Mar”, de Leitão de Barros, e “exemplo maior do cinema mudo”, tinha tido um primeiro restauro em 2000, contando com música original encomendada pela Cinemateca ao compositor e pianista Bernardo Sassetti, mas voltou a ser alvo de digitalização posterior.
Em Oslo, no sábado, será mostrado “As ilhas encantadas” (1965), de Carlos Vilardebó, com a participação de Amália Rodrigues, e no domingo passa “A canção da Terra” (1938), de Jorge Brum do Canto.
Em fevereiro, o ciclo apresenta “Aparelho voador a baixa altitude” (2002), da luso-sueca Solveig Nordlund, e também algumas curtas-metragens já digitalizadas, nomeadamente “A almadraba atuneira” (1961), de António Campos.
Segundo a Cinemateca Portuguesa, depois de Olso os filmes portugueses serão apresentados em “diferentes cinematecas-satélite norueguesas, nomeadamente em Bergen, onde o ‘FILMar’ já esteve em março de 2023”.
O projeto “FILMar”, lançado em 2020 e aplicado pela Cinemateca Portuguesa, conta com um financiamento de cerca de 880 mil euros, através do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), para o qual contribuem a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega.
Em intercâmbio com a Noruega, a Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, vai promover, em fevereiro, sessões de cinema com filmes noruegueses que também foram digitalizados no âmbito daquele mesmo projeto europeu.
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