Um por lhe ter aberto as portas da Disney para ser o Tony Stark/Homem de Ferro da Marvel depois de vários anos de dependência das drogas em que nenhum estúdio de Hollywood lhe fazia um seguro de trabalho, outro pelo impacto negativo na carreira, Robert Downey Jr. surpreendeu ao eleger "O Rafeiro" (2006) e "As Aventuras do Dr. Dolittle" (2020) como os filmes mais importantes que fez nos últimos 25 anos.
O primeiro é uma comédia esquecida sobre um homem (Tim Allen) que procura levar uma vida normal, apesar da particularidade de se transformar por vezes num cão, culpa do médico vilão interpretado por Robert Downey Jr.
Já "As Aventuras do Dr. Dolittle" era uma nova versão dos livros de Hugh Lofting sobre o veterinário que consegue falar com os animais e viaja pelo mundo para ajudá-los.
A revelação sobre a importância destes filmes surgiu durante uma reflexão sobre a sua nova etapa como ator depois do adeus a Tony Stark e o Universo Cinematográfico Marvel com "Vingadores: Endgame" em 2019.
"Terminei o contrato com a Marvel e rapidamente entrei no que prometia ser outra franquia em potencial grande, divertida e bem executada com 'Dolittle'. Tinha algumas dúvidas. Eu e a minha equipa parecíamos um pouco empolgados demais com o negócio e não tanto com os méritos da execução. Mas naquela altura eu era à prova de bala. Era o guru de todos os filmes de género. Honestamente, os dois filmes mais importantes que fiz nos últimos 25 anos foram 'O Rafeiro' porque esse foi o filme que fez a Disney dizer que me fariam um seguro. O segundo foi 'Dolittle', porque foi uma ferida de dois anos e meio de oportunidade desperdiçada", disse na entrevista para um perfil do jornal The New York Times.
O filme, que produziu com a esposa Susan Downey, era uma super produção com um orçamento de 175 milhões de dólares. Foi um gigantesco 'flop' de bilheteira em 2020, algumas semanas antes de começar a pandemia, valeu-lhe algumas das suas piores críticas como ator... e mudou-lhe as prioridades.
“Foi chocante o stresse que colocou na minha patroa quando ela arregaçou as mangas até as axilas para o tornar suficientemente atrativo para trazê-lo ao mercado. Depois desse ponto — qual é a frase? Nunca desperdices uma boa crise? —, tivemos esta redefinição de prioridades e fizemos algumas mudanças em quem eram os nossos consultores de negócios mais próximos", revelou.
Parte dessas mudanças passaram por fazer um documentário sobre o seu pai e cineasta 'indie' Robert Downey Sr. quando estava prestes a morrer e um papel secundário muito elogiado, o primeiro desde 2020, em "Oppenheimer", o novo filme de Christopher Nolan, que chega esta semana aos cinemas portugueses.
TRAILER "OPPENHEIMER".
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