“Recebemos nas redes sociais muitos comentários de Portugal perguntando se o filme vai estrear no país”, começou por explicar à Lusa Walkiria Barbosa, detalhando que a distribuidora do filme no Brasil procura agora “uma parceria em Portugal para poder lançar o filme”.

“A gente quer muito lançar o filme em Portugal”, frisou, referindo-se ao filme sobre a famosa banda dos anos 1990 que teve um fim tráfico após um acidente de avião, que resultou na morte de todos membros do grupo, no dia 02 de março de 1996, num avião privado que seguia para São Paulo após um concerto em Brasília.

No dia seguinte, os Mamonas Assassinas teriam um voo para Lisboa, sendo a primeira vez que a banda iria a Portugal, público este que aguardava a sua chegada fruto de êxitos como “Vira, Vira”, cantado com o sotaque de português de Portugal, numa personificação satírica da imagem que havia do português no Brasil e do próprio Portugal há trinta anos.

“Hoje Portugal é bem diferente”, afirmou Walkiria Barbosa.

"Mamonas Assassinas – O Filme" estreou-se no dia 28 de dezembro de 2023 em 1.054 salas e em 695 cinemas de todo o país e é maior estreia de um filme brasileiro desde a pandemia.

Em pouco mais de uma semana foi visto por mais de 500 mil espectadores e os responsáveis ambicionam chegar à meta de pelo menos um milhão.

“Apesar de já fazer quase trinta anos do acidente continuam sendo muito fortes no Brasil”, sublinhou Walkiria Barbosa, acrescentando que o filme é “uma grande homenagem a eles” que “falavam de temas importantes mas com muita irreverência, muita brincadeira”.

“O filme é uma ficção mas é baseado e inspirado nos factos reais”, num trabalho feito junto dos familiares, afirmou, explicando que a história contada no filme “tem alguma coisa de ficcional, mas a grande maioria é muito real”.

“As pessoas sentem-se como se estivessem num show do Mamonas, elas cantam dentro do cinema. É impressionante”, disse.

Dirigido por Edson Spinell, o filme desenrola-se alguns meses antes da formação do grupo até ao momento do trágico acidente, retratando “a luta deles para conseguirem chegar até onde chegaram”, frisou a produtora.