O filme “By Flávio”, do realizador português Pedro Cabeleira, foi selecionado para a competição de curtas-metragens do festival de cinema de Berlim, que decorrerá em fevereiro, foi hoje anunciado.

A curta de 27 minutos é uma coprodução luso-francesa e fará a estreia mundial no festival de Berlim, concorrendo para o Urso de Ouro de melhor curta-metragem, um prémio já conquistado por João Salaviza (2012), Leonor Teles (2016) ou Diogo Costa Amarante (2017).

De acordo com a produtora, a história de “By Flávio” centra-se em Márcia, “uma jovem mãe solteira do interior do país, com mais ambição do que trabalhar na loja de roupa do centro comercial da zona. Ser mãe não a impediu de sonhar mais e não a fez retrair-se num papel tradicional, comum numa sociedade conservadora, como a do interior de Portugal".

No filme, o realizador volta a “temas relacionados com os jovens da sua geração”, que já tinham sido abordados anteriormente, em particular na longa-metragem “Verão Danado”, que recebeu uma menção especial em 2017, no festival de cinema de Locarno.

“By Flávio” tem interpretação de Ana Vilaça, Rodrigo Manaia e Tiago Costa, e direção de fotografia de Leonor Teles.

Flávio

Na competição de curtas em Berlim está também a produção brasileira “Manhã de Domingo”, de Bruno Ribeiro.

O Festival de Cinema de Berlim, que decorrerá de 10 a 20 de fevereiro, anunciou hoje igualmente a seleção dos programas paralelos Fórum e Fórum Expanded, para projetos mais experimentais e de cruzamento com outras artes.

No Fórum Expanded estará o projeto “Yarokamena”, do realizador e investigado colombiano Andrés Jurado, com coprodução portuguesa pela Kintop, de Susana de Sousa Dias.

Entre os selecionados estão também as produções brasileiras “O dente do dragão”, de Rafael Parrode, e “Se hace camino al andar”, de Paula Gaitán.

No Fórum estará “The Maji-Maji Readings”, do Cubano Ricardo Caballao, com a participação da artista portuguesa Grada Kilomba.

A 72.ª edição do festival de Berlim abrirá com o filme “Peter Von Kant”, do realizador francês François Ozon.

Da programação já anunciada, sabe-se que no programa Fórum estará o filme “Super Natural”, primeira longa-metragem de Jorge Jácome, e, no programa Geração 2022, estará o filme "Nada para ver aqui", do realizador belga Nicolas Bouchez, numa coprodução entre Portugal, Bélgica e Hungria.

Esta semana, a direção explicou que o festival experimentará este ano um novo formato, atendendo ao contexto pandémico.

Os filmes da seleção oficial e a atribuição dos prémios oficiais, incluindo o prémio de carreira para Isabelle Huppert, ocuparão a programação até 16 de fevereiro.

Os restantes quatro dias de festival – até 20 de fevereiro – serão reservados para a exibição de filmes para o público em geral nos cinemas da capital, com lotação reduzida para metade.

Alguns dos programas e eventos paralelos do festival decorrerão em formato virtual, nomeadamente o mercado europeu de cinema, a secção Talentos e o programa do Fundo Mundial de Cinema.

O realizador, argumentista e produtor M. Night Shyamalan vai presidir ao júri internacional do festival.

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