Três breves filmes vão lembrar locais em Sviatohirsk Slava, Kharkiv e nos Cárpatos, “atrações turísticas de primeira grandeza da Ucrânia que agora já não existem”, explicou Francisco Dias.

“Com as guerras, o número de atrações turísticas diminui. Nós escolhemos três atrações turísticas de primeira grandeza da Ucrânia que agora já não existem. E, em 12 segundos, vamos mostrar esses ex-líbris ucranianos que já não o são – mas que existiam”, acrescentou o diretor do festival.

Os filmes vão abrir todas as sessões, “sem doutrinar”, sublinhou Francisco Dias.

“Este é um festival de cinema de turismo que não é um festival neutro. Estas atrações já não dão para visitar, mas a intenção é para fazer pensar. Não é um festival neutro, mas cada um interpretará da melhor maneira. É uma mensagem de paz. São 12 segundos, mostrando uma atração não destruída, como era, com uma informação: ‘Este ex-líbris do turismo já não existe. Lutemos pela paz’”.

O festival, que se realiza entre os dias 25 e 28 de outubro, foi apresentado hoje no Teatro Municipal de Ourém e é considerado pelo responsável do turismo do Centro, Pedro Machado, como “mais uma chancela para podermos renovar a confiança do mercado interno e, muito em particular, dos mercados internacionais”.

Considerando que o turismo nacional vive “tempos particulares”, o presidente do Turismo Centro de Portugal identifica como uma das prioridades a “retoma da confiança dos consumidores”.

É que depois de dois anos de pandemia que “ameaçaram fortemente uma das premissas essenciais [para os turistas], a saúde, em 2020 e 2021”, veio a guerra na Ucrânia:

“Quando tudo fazia crer que íamos perspetivar um ano franco de crescimento e consolidação, temos a outra grande ameaça para quem viaja, a da segurança. Para quem viaja, saúde e segurança é de facto uma mistura explosiva quando não estão garantidas à partida”.

ART&TUR, “um evento internacional e descentralizado”, é assim lenitivo após três anos difíceis para o turismo nacional.

Para Pedro Machado o festival “inspira esta confiança, quer do mercado interno, quer em particular dos mercados externos – e como eles são importantes, aqui para Ourém, e para um dos nossos produtos ‘premium’ que temos neste concelho, que é o turismo religioso”, em Fátima.

“Está muito alavancado no conjunto dos mercados emissores, sobretudo no ‘long haul’ [longa distância], responsáveis por garantir fluxo turístico ao longo de todo o ano”, destacou.

Para esta 15.ª edição, o diretor do ART&TUR prometeu “talvez o melhor em qualidade”, porque “vai surpreender em termos de conteúdo”.

“Embora sendo um evento de nicho, é um evento que perpassa no seu nicho o mundo inteiro. Numa época em que a realidade não é real - a realeza é que é real -, é um evento que chega às pessoas certas, às entidades certas: promotores de turismo, entidades regionais de turismo, cidades, países, produtores independentes e produtores de televisão. Fazendo um festival de qualidade, estamos a contribuir para a melhoria da qualidade da promoção audiovisual do turismo”, considerou Francisco Dias.

À edição deste ano concorreram 281 filmes a concurso, oriundos de Portugal e de outros 31 países. Desses, 87 serão exibidos em Ourém em 13 sessões ao longo de três dias.

Em paralelo à competição, decorrem concursos para ‘bloggers’ e para produtores internacionais, que vão realizar filmes originais sobre a região do Médio Tejo.

O programa contempla a exibição dos filmes selecionados e ainda um conjunto de palestras com peritos nacionais e estrangeiros da área, momentos de degustação, provas comparativas e visitas de promoção.

Em Ourém foram ainda anunciados os locais que vão receber as próximas edições de ART&TUR nos próximos três anos: Lousã (2023), Caldas da Rainha (2024) e Fundão (2025).

Tudo o que se passa à frente e atrás das câmaras!

Receba o melhor do SAPO Mag, semanalmente, no seu email.

Os temas quentes do cinema, da TV e da música!

Ative as notificações do SAPO Mag.

O que está a dar na TV, no cinema e na música!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOmag nas suas publicações.