É assim que a agência France Press descreve agora a cidade da costa azul francesa, porque muita coisa acontece no festival para lá das estreias mundiais. O festival, que se associa aos 50 anos da morte da atriz
Marilyn Monroe, abre hoje em tom de comédia, com
«Moonrise Kingdom», de
Wes Anderson, que conta com
Bruce Willis,
Edward Norton,
Bill Murray e
Frances McDormand.
Em Cannes são esperadas várias estrelas de cinema, como
Brad Pitt, a propósito do filme
«Killing them softly»,
Kristen Stewart, por causa de
«On the Road»,
Sean Penn, que dará um jantar a favor do Haiti, e
Robert Pattinson, por
«Cosmopolis», de
David Cronenberg.
«Cosmopolis», produzido por
Paulo Branco, é um dos filmes aguardados no festival e, por conta dele, em Cannes, vão estar os portugueses
Dead Combo, que atuarão no dia 25, na festa da estreia mundial da longa-metragem.
A competir pela Palma de Ouro estão ainda vários realizadores premiados, entre os quais
Michael Haneke, que apresenta
«Amour», com
Jean-Louis Trintignant,
Isabelle Huppert e
Rita Blanco, no elenco,
Abbas Kiarostami,
Ken Loach e
Cristian Mungiu. Kiarostami competirá com
«Like Someone in Love», Ken Loach, com
«The Angel's Share», e o romeno Cristian Mungiu, com
«Beyond the Hills».
A seleção motivou um grupo feminista a acusar a direção do festival de sexismo, por não terem sido incluídas realizadoras na competição.
Thierry Frémaux, da organização do festival, viu-se obrigado a justificar as escolhas e a alertar que o problema da discrepância entre homens e mulheres na realização não se resume a Cannes, mas à produção internacional no seu conjunto.
O júri da secção principal será presidido pelo realizador italiano
Nanni Moretti. Nesta edição, o Brasil terá uma presença reforçada com o realizador
Walter Salles, na competição oficial, com o documentário
«A Música segundo Tom Jobim», de Nelson Pereira dos Santos, e com as participações dos realizadores
Carlos Diegues,
Ruy Guerra e
Eduardo Coutinho.
Na Quinzena dos Realizadores, evento paralelo ao festival, será exibida a curta-metragem
«Os Vivos também Choram», do realizador lusodescendente
Basil da Cunha, protagonizada por José Pedro Gomes. Basil da Cunha, filho de pai português e mãe suíça, volta a ser selecionado depois de ter participado na Quinzena dos Realizadores em 2011, com «Nuvem».
Na semana da crítica, outro dos eventos paralelos, o júri das curtas-metragens é presidido pelo realizador português
João Pedro Rodrigues. À margem do festival, mas aproveitando todas as atenções que estarão centradas em Cannes, será exibido, na cidade, no dia 24, o filme
«O Cônsul de Bordéus», de Francisco Manso e João Correa, sobre a vida do Aristides de Sousa Mendes.
O encerramento do festival, no dia 27, será com o filme
«Thérèse D.», do realizador francês
Claude Miller, que morreu em abril.
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