Em comunicado, a direção dos festivais explica que as próximas edições sofreram "importantes cortes financeiros", de 30 mil euros em apoios de privados, pelo que o orçamento ronda os 147 mil euros.
A este corte juntam-se ainda as "restrições impostas" pelo novo coronavírus, nomeadamente o necessário distanciamento social, que obrigaram a uma "readaptação da programação, convidados e eventos paralelos".
Ainda assim, a direção do Queer Lisboa e do Queer Porto quis manter o formato presencial, num ano "fundamental [para] celebrar a presença e a força das muitas expressões e comunidades queer": O 24.º Queer Lisboa decorrerá de 18 a 26 de setembro e o 6.º Queer Porto acontecerá de 13 a 17 de outubro.
Ainda sem anunciar programação completa, sabe-se que serão mantidas as competições e a secção Queer Focus "engloba seis programas distintos, cada um deles sob o signo de um termo-chave: 'Cruising', Pele, Memória, Sexo, Corpos e Jogo".
Haverá filmes de Peter Strickland, Jennifer Reeves e Luther Price, e encontros com a presença de, entre outros, André Tecedeiro, Fernanda Eugénio e Karol Radziszewski.
Uma das sessões especiais, em Lisboa, será com o filme francês "Race d'Ep!" (1979), de Lionel Soukaz e Guy Hocquenghem, em diálogo com uma exposição de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira na galeria Stolen Books, na capital.
Segundo a organização, as edições deste ano são "largamente suportadas" por apoios públicos: Instituto do Cinema e Audiovisual, câmaras municipais de Lisboa e do Porto, Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e Reitoria da Universidade do Porto.
Em Lisboa, o Queer ocupará o Cinema São Jorge e terá uma sessão na Esplanada da Cinemateca Portuguesa. No Porto, ficará no Teatro Rivoli e com uma programação paralela na "Casa Comum" da Reitoria da Universidade do Porto.
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