As nomeações para os Óscares serão anunciadas na quinta-feira, após dois adiamentos por causa da tragédia dos incêndios em Los Angeles, que levaram a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas a prolongar a votação, a remarcar vários eventos e a cancelar o tradicional almoço luxuoso que junta os nomeados a 10 de fevereiro.

O SAPO Mag vai acompanhar a emissão ao minuto a partir das 13h30 (hora de Portugal continental).

Após a nomeação histórica em 2023 de "Ice Merchants", de João Gonzalez, para Melhor Curta-Metragem de Animação, as atenções e esperanças portuguesas estão para os primeiros minutos do evento, com a presença na shortlist na mesma categoria de "Percebes", de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, premiada no Festival de Cinema de Annecy.

"Percebes"

Já é a quinta vez que uma animação portuguesa atinge esse feito, após "História Trágica com Final Feliz" em 2006, "Tio Tomás - A Contabilidade dos Dias" em 2010 (ambos de Regina Pessoa), e da dupla "O Homem do Lixo" e "Ice Merchants" em 2023 (o primeiro da mesma Laura Gonçalves). Sem esquecer que duas curtas em imagem real também já conseguiram chegar às shortlists: "O Lobo Solitário", de Filipe Melo, na mesma edição de "Ice Merchants", e no ano passado "Um Caroço de Abacate", de Ary Zara.

À procura de favoritos

"Anora", "O Brutalista", "A Complete Unknown" (o filme sobre a juventude de Bob Dylan), "Conclave", "Emília Pérez" e "Wicked"

As nomeações às 23 categorias dos Óscares, chave de ouro da temporada de prémios em Hollywood que culminará com a 97.ª cerimónia a 2 de março, com Conan O'Brien como anfitrião, serão anunciadas na quinta-feira apenas em formato virtual, sem a presença dos media e publicistas ligados aos estúdios e atores. A Academia não divulgou quem serão os apresentadores.

Como vem sendo habitual, o evento será dividido em dois blocos, com o primeiro a arrancar às 5h30 de Los Angeles (13h30 em Lisboa) e, sem ordem conhecida, além das curtas de animação serão anunciadas as nomeações dos Atores Secundários, Guarda-Roupa, Caracterização, Banda Sonora, Argumento Original e Adaptado, e curtas em imagem real.

Após um breve intervalo, às 13h41 são reveladas as nomeações nas restantes categorias: Documentários (curtas e longas), Som, Efeitos Visuais, Fotografia, Montagem, Direção Artística, Canção, Filme Internacional, Longa-Metragem de Animação, Atores principais, Realização e Filme.

Após as associações de críticos, os Globos de Ouro e organizações do interior de Hollywood exercerem o seu tradicional papel de influência, espera-se que os 9905 membros da Academia com direito a votar deixem pistas sobre os seus filmes favoritos: nenhum se destacou claramente nas últimas semanas, como aconteceu no ano passado com "Oppenheimer", o que faz desta uma das temporadas mais imprevisíveis dos últimos tempos.

Esperava-se que a semana a seguir à cerimónia dos Globos de Ouro de 5 de janeiro fosse preenchida por dezenas de ações de campanha, de estreias a visionamentos, entrevistas e pequenas festas, para chamar a atenção dos membros da Academia, e que estes colocassem mais alguns visionamentos em dia antes de votarem até ao dia 12.

Os incêndios no condado de Los Angeles a partir de dia 7 foram um súbito e assustador ponto final na temporada de prémios, pelo menos em Los Angeles e Nova Iorque, com dezenas de estreias, eventos e cerimónias canceladas ou adiadas: numa zona que alberga 680 mil pessoas empregadas na indústria do entretenimento ou em empregos de serviços que a apoiam diretamente, morreram já 27 pessoas (as autoridades asseguram que o número vai crescer) e mais de 150 mil estão deslocadas, com 16 mil hectares ardidos e pelo menos 12 mil estruturas destruídas, incluindo as de várias estrelas (Anthony Hopkins, Mel Gibson, Jeff Bridges, Billy Crystal e Diane Warren...).

Com os membros eméritos, a Academia chega aos 11 mil membros, dos quais 60% residem na zona de Los Angeles. Com a atenção de muitos votantes naturalmente em tudo menos em ver filmes, estúdios e estrategas dos prémios resignados perguntam-se agora qual será o impacto da tragédia nas nomeações: é significativo desta incerteza que a Academia tenha prolongado por duas vezes o fim da votação e um total de cinco dias, até sexta-feira, dia 17.

“O Atentado de 5 de Setembro”, “Dune - Duna: Parte 2”, "A Substância" e “A Verdadeira Dor"

Ainda assim, a temporada recomeçou lentamente e entre as nomeações conhecidas desde 9 de janeiro dos sindicatos dos produtores (PGA), realizadores (DGA) e atores (SAG), e dos BAFTA (a Academia Britânica), os especialistas convergem que emergem seis favoritos à nomeação e com hipóteses reais de arrecadar o Óscar de Melhor Filme: "Anora", "O Brutalista", "A Complete Unknown" (o filme sobre a juventude de Bob Dylan), "Conclave", "Emília Pérez" e "Wicked".

Desde que o Óscar de Melhor Filme passou a ter dez nomeações em 2009, quase 90% dos nomeados da Academia surgiram primeiro na lista do sindicato dos produtores e no ano passado coincidiram a 100%, o que faz deste um dos barómetros mais fiáveis da temporada: os seis foram nomeados pelos PGA no dia 16, juntamente com “O Atentado de 5 de Setembro”, “Dune - Duna: Parte 2”, "A Substância" e “A Verdadeira Dor".

Além destes dez, os analistas acreditam que mais dois filmes podem estar em consideração: “Nickel Boys” e "Sing Sing".

De todos, espera-se que "Emília Perez", Prémio do Júri e Interpretação Feminina (coletivo) no Festival de Cannes, mistura de 'thriller' e musical sobre um traficante mexicano que faz a transição para viver como mulher, e "Wicked", adaptação de um popular musical da Broadway que regressa à mágica Terra de Oz, se destaquem na lista este domingo, com 11 a 13 nomeações, seguidos de perto por "O Brutalista", com nove a dez, e "Conclave", com cerca de oito.

Categorias de interpretação: competição fratricida nas atrizes

Demi Moore, Mikey Madison, Isabella Rossellini e Monica Barbaro

A Academia, que impulsiona uma campanha por uma representação mais global, tem um núcleo internacional cada vez mais influente e responsável por nomeações surpreendentes: além do francês "Emília Perez" (mas falado em castelhano e que se passa no México)  a disputar um prémio que costuma ser tradicionalmente atribuído a títulos produzidos nos EUA, falta descobrir até onde chegará o congénere "A Substância", o brasileiro "Ainda Estou Aqui", a animação da Letónia "Flow - À Deriva" ou o indiano "All We Imagine as Light - Tudo o Que Imaginamos Como Luz", de Payal Kapadia, a causar sensação desde que ganhou o Grande Prémio em Cannes.

Esta renovação e maior igualdade de género e raça que atualmente existem entre os membros da Academia foi uma das consequências da polémica que lançou uma 'hashtag' #OscarsSoWhite que mudou os Óscares: a 14 de janeiro de 2016, todos os 20 nomeados nas quatro categorias de interpretação foram para atores brancos pelo segundo ano consecutivo.

Desde essa altura, as nomeações para os atores são dissecadas à luz da "inclusividade racial", mas as escolhas da Academia também mudaram com o aumento da sua dimensão internacional. E o consenso é que 2024 voltou a ser um grande ano, principalmente para as atrizes, sendo esperadas surpresas e ausências 'chocantes' de nomes que seriam escolhas óbvias noutros tempos.

Complicadíssimas estão as previsões para Melhor Atriz, já que surgiram várias candidaturas fortes para as cinco vagas, com o consenso inicial a formar-se à volta de Cynthia Erivo ("Wicked"), Karla Sofía Gascón ("Emília Pérez") e Mikey Madison ("Anora"), a quem se juntou Demi Moore ("A Substância"), tal foi o impacto do discurso quando ganhou o Globos de Ouro de Melhor Atriz em Comédia ou Musical, três dias antes de começarem as votações para as estatuetas douradas. Há mesmo quem a veja já como a favorita à vitória, com a mesma narrativa de 'regresso' que já consagrou Brendan Fraser, Renée Zellweger, Michelle Yeoh e Ke Huy Quan nos últimos anos.

Para a vaga que sobra, muitos desejam, principalmente os que falam português, que seja ocupado por Fernanda Torres por “Ainda Estou Aqui", cujo histórico Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama deu uma grande visibilidade à campanha, que pode ser a grande prejudicada pelo impacto dos incêndios.

"Ainda Estou Aqui"

No Brasil, a candidatura tem recebido um tratamento mediático digno de 'Copa do Mundo', sendo relembrada a 'injustiça' de a mãe Fernanda Montenegro ter sido nomeada há 26 anos para os Globos com "Central do Brasil" (1988), do mesmo realizador Walter Salles, e perdido o Óscar para Gwyneth Paltrow por "A Paixão de Shakespeare". E dá-se a simetria cinematográfica de as duas atrizes interpretarem em "Ainda Estou Aqui" a mesma personagem Eunice Paiva em diferentes fases da vida.

A história também favorece a candidatura da brasileira, já que apenas duas vencedoras em 82 anos da categoria de Melhor Atriz em Drama dos Globos não foram nomeadas para o Óscar: Shirley MacLaine por "Madame Sousatzka" em 1988 (ano de raro empate com Jodie Foster por "Os Acusados" e Sigourney Weaver por "Gorilas na Bruma", que foram nomeadas) e Kate Winslet por "Revolutionary Road" em 2008 (a Academia preferiu nomeá-la por "O Leitor").

Só que a concorrência é forte pois espreitam as nomeadas (e derrotadas) nos Globos Pamela Anderson (“The Last Showgirl”), Angelina Jolie (“Maria”), Nicole Kidman (“Babygirl”), Tilda Swinton (“O Quarto ao Lado") e Kate Winslet (“Lee Miller: Na Linha da Frente”). E pode ver uma surpresa da veterana Marianne Jean-Baptiste ("Hard Truths", de Mike Leigh), com forte apoio dos seus pares e prémios das associações de críticos de Nova Iorque e Los Angeles, e da National Society of Film Critics.

Na categoria de Melhor Atriz Secundária, as nomeações e omissões do SAG também baralharam as contas e as apostas mais seguras serão apenas Ariana Grande ("Wicked") e Zoe Saldaña ("Emília Pérez"), que os analistas acreditam que disputarão a estatueta dourada, com a vantagem da segunda.

Aqui, os três lugares que restam deverão ser disputados por Monica Barbaro ("A Complete Unknown"), Isabella Rossellini ("Conclave"), Felicity Jones ("O Brutalista"), Margaret Qualley ("A Substância"), Jamie Lee Curtis ("The Last Showgirl"), Danielle Deadwyler ("A Lição de Piano"), Aunjanue Ellis-Taylor ("Nickel Boys").

Colman Domingo, Jeremy Strong, Sebastian Stan e Guy Pearce

A lista de nomeados para o Óscar de Melhor Ator é mais previsível, com um consenso formado à volta de Adrien Brody (“O Brutalista"), com ligeiro favoritismo para ganhar a estatueta pela segunda vez, 22 anos depois de "O Pianista", Timothée Chalamet (“A Complete Unknown”), Daniel Craig (“Queer”), Colman Domingo (“Sing Sing”) e Ralph Fiennes (“Conclave”).

A maior incerteza centra-se em Daniel Craig, já que o filme não deverá estar muito representado noutras categorias, e não faltam candidatos à espreita: os mais fortes serão Sebastian Stan (por “The Apprentice - A História de Trump” ou "A Different Man", mas com mais hipóteses pelo primeiro), Hugh Grant ("Herege") e Jesse Eisenberg ("A Verdadeira Dor").

Para Melhor Ator Secundário e após o sindicato dos atores (SAG) ter deixado vários favoritos de fora das nomeações, parecem mais seguros Kieran Culkin ("A Verdadeira Dor"), um forte candidato à vitória, Yura Borisov ("Anora") e Edward Norton ("A Complete Unknown").

As duas vagas que sobram deverão ser disputadas por Guy Pearce ("O Brutalista"), Jeremy Strong ("The Apprentice"), Clarence Maclin ("Sing Sing"), Denzel Washington ("Gladiador II") e Jonathan Bailey ("Wicked").

Melhor Realização: uma mulher junta-se aos homens?

Brady Corbet em "O Brutalista"

Na última década, o debate à volta das nomeações para Melhor Realização tem sido à volta do género: quem será a cineasta com mais hipóteses de se juntar aos homens? E quem terá o apoio dos votantes internacionais da Academia, responsáveis por várias nomeações surpreendentes também nesta categoria?

A renovação da Academia notou-se com as presenças pelo trabalho atrás das câmaras de Yorgos Lanthimos ("A Favorita"), Paweł Pawlikowski ("Guerra Civil"), Bong Joon-ho (vencedor por "Parasitas"), Chloé Zhao (vencedora por "Nomadland"), Lee Isaac Chung ("Minari"), Emerald Fennell ("Uma Miúda com Potencial"), Thomas Vinterberg ("Another Round"), Ryusuke Hamaguchi ("Drive My Car"), Ruben Östlund ("Triângulo da Tristeza"), Justine Triet ("Anatomia de Uma Queda") e Jonathan Glazer ("A Zona de Interesse").

Nenhuma cineasta surgiu nas principais nomeações do respetivo sindicato, cuja lista juntou Jacques Audiard ("Emília Pérez"), Sean Baker ("Anora"), Edward Berger ("Conclave"), Brady Corbet ("O Brutalista") e, na maior surpresa, James Mangold ("A Complete Unknown"), todos estreantes nesses prémios.

Apesar das nomeações das duas organizações não coincidirem a 100%, trata-se de um prognosticador importante na temporada: apenas oito dos vencedores dos DGA Awards não conquistaram a seguir o respetivo Óscar da Academia em 76 anos e nunca houve um vencedor da estatueta dourada que não tenha sido nomeado pelos DGA.

À espera de uma vaga estão principalmente Jon M. Chu ("Wicked") e Denis Villeneuve ("Dune - Duna: Parte Dois"), mas dando como certa a presença de Jacques Audiard na corrida, aposta-se que os votantes internacionais vão empurrar "A Substância" para várias nomeações, incluindo a da realizadora Coralie Fargeat, ou Payal Kapadia por "All We Imagine as Light".

Filmes internacionais e animações

"Emília Pérez"

Nem o importantíssimo prémio de Melhor Realização no Festival de Cannes lhe valeu: a candidatura portuguesa de "Grand Tour", de Miguel Gomes, falhou em dezembro a presença entre os 15 finalistas para Melhor Filme Internacional, aumentando para 41 o recorde negativo do país com mais candidaturas submetidas sem chegar às nomeações.

Está é uma categoria com um único e claro favorito à vitória: "Emília Pérez".

Seria a primeira na categoria de uma candidatura da França desde "Indochina" (1992): com 41 nomeações e 12 Óscares, incluindo três prémios especiais, mas sem candidatos nomeados desde 2020, só acontece após o Centro Nacional de Cinema do país reformar por duas vezes o seu comité de seleção, após as polémicas escolhas de "Titane", vencedor da Palma de Ouro de Cannes, mas considerado uma proposta mais 'difícil', em vez de "O Acontecimento", Leão de Ouro do Festival de Veneza, e em 2023 de “O Sabor da Vida”, de Trần Anh Hùng, preterindo "Anatomia de uma Queda", vencedor da Palma de Ouro, que foi nomeado à mesma para cinco Óscares, incluindo Melhor Filme, e ganhou Melhor Argumento Original.

A vitória certa de "Emília Pérez" esconde outra ironia, porque o filme recebeu dois prémios na última edição de Cannes, mas a distribuição nos EUA é da Netflix, com quem o festival e outras organizações franceses têm uma relação complexa por falta de acordo sobre as normas de difusão (mesmo após uma reforma institucional em 2022, a plataforma teria de esperar 15 meses para lançar os seus filmes originais em streaming caso os estreasse nas salas).

"A Semente do Figo Sagrado" e "Ainda Estou Aqui"

Para as restantes nomeações vários filmes destacaram-se na temporada com aclamação dos críticos, prémios e boas campanhas dos estúdios.

Os mais fortes candidatos são sobre histórias de viver sob regimes totalitários, a começar por "A Semente do Figo Sagrado", Prémio Especial em Cannes, filmado às escondidas no Irão mas que representa a Alemanha, que apresentou a candidatura graças à participação no projeto de coprodutores de Berlim e ao estatuto de refugiado do seu realizador, Mohammad Rasoulof, que teve de fugir do seu país para escapar a uma pena de oito anos de prisão pela sua dissidência.

Já "Ainda Estou Aqui" representa o Brasil e aborda o impacto da ditadura militar numa família nos anos 1970: o país não entra na corrida desde "Central do Brasil" em 1998, também de Walter Salles, e a campanha para apoiar a candidatura já é considerada a maior de sempre para um filme nacional.

A partir daqui as apostas são mais difíceis, mas dos 15 finalistas destacam-se a sensação que é a animação "Flow – À Deriva", de Gints Zilbalodis (Letónia) e "Kneecap – O Trio de Belfast", de Rich Peppiatt (Irlanda), seguidos por "How to Make Millions Before Grandma Dies", de Pat Boonnitipat (Tailândia), "A Rapariga da Agulha", de Magnus von Horn (Dinamarca), "Vermiglio", de Maura Delpero (Itália), o documentário "Dahomey", de Mati Diop (Senegal), "Armand", de Halfdan Ullmann Tondel (Noruega) e "Touch", de Baltasar Kormákur (Islândia).

"Divertida-Mente 2", "Robot Selvagem" e "Flow - À Deriva"

Para Melhor Longa-Metragem de Animação, o favoritismo recaiu durante o verão em "Divertida-Mente 2", considerado um regresso da Pixar às boas graças dos críticos e dos espectadores (com quase 1,7 mil milhões de dólares nas bilheteiras mundiais, trata-se do maior sucesso comercial de 2024), mas teve de ser dividido a partir do final de setembro com "Robot Selvagem", que conseguiu os mesmos elogios para a DreamWorks Animation (exceto nas receitas: 325 milhões).

Agora, ambos veem aproximar-se rapidamente o já citado "Flow - À Deriva", uma produção independente de 3,5 milhões de dólares da Letónia feita com o software gratuito Blender e sem diálogos: a paixão é grande e generalizada pelo filme, que tem acumulado vários prémios na sua categoria desde a estreia mundial (outra vez em Cannes, na secção Um Certain Regard) antes de surpreender e vencer os gigantes de Hollywood com mais uma vitória nos Globos de Ouro.

O consenso é que os lugares que restam na categoria sejam ocupados por duas animações stop-motion: a australiana "Memórias de um Caracol" e a mais recente maravilha do estúdio Aardman que é "Wallace & Gromit: A Vingança das Aves", cuja longa-metragem anterior da saga, "Wallace & Gromit: A Maldição do Coelhomem" (2005), foi a primeira do género a ganhar este Óscar.