Ainda não tem "luz verde", mas o estúdio Warner Bros. deixou pistas de otimismo aos espectadores e fãs em relação à sequela de "Dune - Duna" (ou, para quem já viu o filme, a "Parte II").

Vale a pena recordar que o filme, inicialmente anunciado para chegar aos cinemas a 20 de novembro de 2020 e depois 18 de dezembro, antes de ser adiado por causa da pandemia, é uma das maiores e mais arriscadas de Hollywood: pegar no romance inaugural de Frank Herbert (1920-1986) de 1965 (que já originou um filme de David Lynch em 1984 marcado por vários problemas durante a produção) para criar uma grande produção de cinema entre "Star Wars" e "A Guerra dos Tronos", e em caso de sucesso, seguir com a adaptação dos outros livros.

Porém, Denis Villeneuve, o aclamado realizador de "O Primeiro Encontro" e "Blade Runner 2049", só aceitou assinar o contrato e assim concretizar um sonho de infância dividindo o primeiro livro em duas "partes", defendendo que um só filme não faria justiça à sua complexidade e ao poder dos detalhes.

Porém, todos os esforços subsequentes centraram-se no primeiro filme, cujo destino nas bilheteiras determinaria o futuro, o que ajuda a explicar em parte a desilusão pública do realizador (e da produtora e principal financiadora Legendary Pictures) quando a Warner Bros. anunciou no início de dezembro de 2020 que iria lançá-lo ao mesmo tempo nos EUA nos cinemas e na HBO Max, juntamente com os outros títulos do estúdio para 2021.

A aclamação após a antestreia mundial no Festival de Veneza a 3 de setembro fez aumentar o receio dos fãs e a dúvida em Hollywood: como é que seria possível aprovar a sequela de um filme que custou 130 milhões de dólares e precisa pelo menos de 300 para justificar o investimento, quando as receitas de bilheteira serão afetadas pelo impacto da pandemia e o lançamento simultâneo em streaming?

Esta quinta-feira, véspera da estreia do filme nos EUA, a liderança do estúdio deixou sinais claros e mais tranquilizadores sobre as suas intenções em duas entrevistas separadas.

"Iremos ter uma sequela do 'Dune'? Se virem o filme saberão como termina. Acho que sabe muito bem a resposta a isso", respondeu Ann Sarnoff, diretora executiva da WarnerMedia Studios à publicação Deadline.

Em relação a possíveis sequelas de filmes lançados em cinema e na HBO Max este ano, Jason Kilar, diretor executivo da WarnerMedia, esclareceu que "as decisões são tomadas com toda a informação e baseadas na resposta do público, não apenas nas bilheteiras".

À Variety, Ann Sarnoff disse que não ia dar uma "notícia de última hora" sobre a luz verde à "parte II" de "Dune", mas esclareceu que a sua equipa está "mais do que contente" com os 130 milhões de dólares de receitas internacionais, quando o filme ainda não estreou nos EUA, China ou Grã-Bretanha.

A isto, acrescentou que a aprovação da sequela se irá basear "em tudo o que 'Dune' pode fazer pela empresa, incluindo a HBO Max" e que "a história em si prepara para uma sequela. A produção é tão incrível e a narrativa tão irresistível que não será julgada apenas pelas bilheteiras".

A diretora executiva também explicou que o estúdio sabe que as bilheteiras ainda não recuperaram totalmente da pandemia e isso mudou a forma como o estúdio avalia o potencial futuro comercial dos seus filmes.

A Warner não está a dar luz verde a projetos como antigamente, esclarecendo que "tem de se levar em conta o contexto em que estamos agora e projetar para um contexto mais normal".

Com Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin, Dave Bautista, Zendaya, Jason Momoa, Charlotte Rampling e Javier Bardem, "Dune – Duna" está em exibição nos cinemas portugueses.

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