“Blonde” adapta a biografia ficcionada homónima de Marilyn Monroe escrita por Joyce Carol Oates e lançada com grande sucesso no ano 2000. A adaptação ao cinema, realizada pelo neo-zelandês Andrew Dominik e com estreia alargada na Netflix a 28 de setembro, causou alguma polémica inicial devido à escolha de Ana de Armas no papel principal, devido ao sotaque hispânico da atriz cubana, que o lançamento do mais recente trailer veio reacender.

Apesar de “Blonde” não ser uma produção sancionada oficialmente pelo Authentic Brands Group (ABG), que detém os direitos sobre o património de Marilyn Monroe, a entidade veio defender a escolha de Ana de Armas no papel principal. “Marilyn Monroe é um ícone singular de Hollywood e da cultura pop, que transcende gerações e a história”, afirmou Marc Rosen, president da área de entretenimento da ABG. “Qualquer ator que entre naquele papel sabe que vai ter uma tarefa muito difícil pela frente. Unicamente com base no trailer, Ana parece ter sido uma excelente escolha de elenco uma vez que ela capta o glamour, a humanidade e a vulnerabilidade de Marilyn. Mal Podemos esperar para ver o filme inteiro!”

Ana de Armas já tinha confirmado que tinha passado quase um ano a treinar de forma muito exaustiva o sotaque de Marilyn Monroe antes do início das rodagens.

A sinopse oficial de “Blonde”, escrito e realizado por Dominik, descreve o filme da seguinte forma: "Desde a sua infância volátil como Norma Jeane até à sua ascensão ao estrelato e casos amorosos, 'Blonde' medeia entre o facto e a ficção enquanto explora a crescente diferença entre as personalidades pública e privada da artista". O elenco integra ainda Bobby Cannavale como Joe DiMaggio e Adrien Brody como Arthur Miller, além de Julianne Nicholson, Xavier Samuel e Evan Williams. O filme vai estrear em competição no próximo Festival de Cinema de Veneza, antes do lançamento mundial na plataforma Netflix a 23 de setembro.

Baseado no best-seller de Joyce Carol Oates, este é o primeiro filme original produzido para a plataforma de streaming a receber a temida e rara classificação etária "NC-17" da associação Motion Picture Association of America (MPAA), normalmente associada ao cinema pornográfico (de facto, substituiu o "X" em 1990), que só pode ser visto por maiores de 17 anos.

"Blonde" terá gerado tensão entre a Netflix e o realizador, conhecido por filmes como "Chopper" (2000) e "O Assassínio de Jesse James Pelo Cobarde Robert Ford" (2007), sobre o que fazer com a montagem final: Andrew Dominik chegou a confirmar que a plataforma "insistiu" em contratar a editora Jennifer Lame (de "Tenet") para "conter os excessos do filme", que inclui uma cena de violação que também estava no livro.

"É um filme exigente. Se o público não gosta, então o problema é da po*** do público. Não está a concorrer a um cargo político. É um filme NC-17 sobre Marilyn Monroe, de certa forma é o que querem, não é verdade? Quero ir e ver uma versão NC-17 da história de Marilyn Monroe", disse numa entrevista em março.

Veja o trailer do filme: