Com a recente confirmação dos produtores (Raj Kapoor e Katy Mullan, os mesmos da anterior), começam a apertar os prazos para encontrar o ou os anfitriões da próxima cerimónia dos Óscares, marcada para 2 de março de 2025.

Segundo notícias de julho, Jimmy Kimmel recusou regressar como anfitrião pela quinta-fez. A seguir, a Academia ouviu um "não" de John Mulaney, um dos comediantes mais procurados nos EUA, que conquistou a exigente comunidade de Hollywood durante os Governors Awards (os Óscares honorários) em janeiro, e na apresentação de uma categoria na cerimónia de 10 de março.

Segundo avançou o Deadline a 14 de outubro, na potencial lista da Academia para atrair os espectadores estão Ryan Reynolds e Hugh Jackman, os protagonistas do grande sucesso de bilheteira do verão "Deadpool & Wolverine": antes da estreia, os dois foram elogiados pela apresentação de uma noite do programa de Kimmel.

A dupla seria integrada num grupo de estrelas que funcionariam como anfitriões rotativos, sozinhos ou em par, repetindo em parte o formato da cerimónia de 2022 que juntou Regina Hall, Amy Schumer e Wanda Sykes (Jackman já foi o anfitrião da muito elogiada cerimónia de 2009).

Reagindo à notícia três semanas depois ao mesmo Deadline, Reynolds admitiu: "Isto é algo que realmente adoraria fazer com o Hugh. Sim, fizemos o [programa do] Kimmel juntos, mas naquela altura também foi numa de 'Que se lixe', estávamos no final de uma longa digressão [de promoção]. Viajámos por todos os países do mundo e aproveitámos cada segundo. [...] Portanto, chegámos ao Kimmel e simplesmente soltámo-nos".

Reynolds comparou o trabalho que fizeram no programa às antigas cerimónias de homenagem do American Film Institute, equilibrando humor auto-depreciativo e uma experiência agradável e relaxada, mas acrescentou: "Está a ficar cada vez mais difícil existirem programas como esses, é complicado. Portanto, adoraria fazer um dia, mas este ano não sei".

Pressionado para ser mais concreto sobre as razões para ser improvável aceitar fazer os Óscares, Reynolds disse que seria preciso conjugarem-se muitas coisas incríveis.

E completou: "Uma parte é que filmes como 'Deadpool & Wolverine' consomem a minha vida, tenho quatro filhos e quero estar presente. Quero vê-los e eles querem ver-me, quero entrar na escola com eles [...]. E se fosse apresentar algo como [os Óscares], sendo eu alguém que sente uma ansiedade tremenda, não estaria mentalmente presente [com a família]. Estaria constantemente a escrever na minha cabeça ou a projetar desfechos potencialmente trágicos para fazer em direto no palco”.