David Lynch confirmou que foi diagnosticado com enfisema pulmonar. Na entrevista à revista Sight & Sound, o realizador norte-americano adiantou que poderia ter de trabalhar a partir de casa nos próximos projetos e muitos dos fãs especularam que o cineasta estaria já a pensar na reforma.
"Desenvolvi um enfisema por ter fumado durante muito tempo e, por isso, estou preso em casa, quer queira quer não. Não posso sair. E só consigo andar uma pequena distância antes de ficar sem oxigénio", adiantou o norte-americano à revista, contando que quase não sai de casa com medo com medo de apanhar algum vírus.
Na entrevista, o realizador frisou que gosta "de estar no meio das coisas e ter ideias no local". "Mas tentaria fazer [um filme] remotamente, se for o caso", confessou.
Depois da publicação da entrevista, muitos acreditaram que David Lynch estaria já a pensar na reforma. Mas, esta segunda-feira, dia 5 agosto, na sua conta no X, antigo Twitter, o cineasta reagiu aos rumores e deixou uma garantia: "Nunca me irei reformar".
"Sim, tenho enfisema devido aos meus muitos anos de fumador. Devo dizer que gostava muito de fumar e que adoro o tabaco — o seu cheiro, acender os cigarros, fumá-los — mas há um preço a pagar por esse prazer e, para mim, esse preço é o enfisema. Já deixei de fumar há mais de dois anos. Recentemente, fiz muitos exames e a boa notícia é que estou em excelente forma.", escreveu o realizador de "Veludo Azul" ou "Twin Peaks" nas redes sociais.
"Deixei de fumar há dois anos e as análises mostram que estou em boa forma, tirando o enfisema. Estou repleto de felicidade e nunca me irei reformar. Aprecio muito a vossa preocupação", garantiu.
Com algumas das obras mais originais, enigmáticas e surrealistas, no cinema e na TV, durante cinco décadas, que lançaram um estilo cinematográfico conhecido como “lynchiano”, David Lynch é um dos principais cineastas saídos da sua geração, cuja influência se prolongou pela música, pintura, fotografia, vídeo experimental e muitos outros interesses.
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