Os prémios foram anunciados numa cerimónia realizada em Sintra, no Centro Cultural Olga Cadaval, onde o certame decorreu ao longo de cinco dias, com a exibição de 29 curtas-metragens, entre as quais 17 curtas nacionais e sete internacionais.
Outras cinco curtas-metragens foram exibidas na sessão de abertura do festival, num ciclo dedicado a Antonio Campos, o convidado de honra e realizador revelação que marcou presença nesta edição do festival, organizado pela Associação Cultural e Teatral Reflexo.
«Noite» (na imagem), do realizador portuense Flávio Pires, conquistou o Prémio Melhor Curta Nacional do Córtex 2012, com um valor monetário de 500 euros. Trata-se de uma ficção sobre a vida de um jovem que divide o seu tempo entre uma banda de «heavy metal» e cuidar da avó.
Flávio Pires já se tinha destacado noutros festivais de cinema nacionais, nomeadamente com o filme
«Artur», um documentário sobre o cineasta Artur Ramadas selecionado para o IndieLisboa, e vencedor do Prémio Take One! no festival de curtas-metragens de Vila do Conde.
O Prémio Melhor Curta Internacional, com um valor de 300 euros, foi para
«Blu», do romeno Nicolae Constantine Tanase, que criou esta ficção sobre a relação entre os três membros de uma família – pai, mãe e filha – inesperadamente parados no meio da estrada com uma avaria no carro.
Nicolae Constantine Tanase ganhou vários prémios pelas curtas
«Zombie» e
«Outrageously Disco», encontrando-se atualmente a trabalhar numa curta-metragem de ação e a desenvolver a sua primeira longa-metragem -
«The World is Mine» - para a qual ganhou uma residência em Berlim.
O Prémio do Público para a Melhor Curta Nacional, com um valor de 300 euros, foi atribuído a
«Nada Fazi», de Filipa Reis e João Miller Guerra, filme distinguido no início do ano com o Prémio Cinema Português 2012 do Fantasporto.
«Nada Fazi» («É inevitável», em crioulo), narra a história de três investigadores que estão no Bairro Casal da Boba a desenvolver uma tese, a certa altura a câmara de filmar que usam na pesquisa é roubada, e ao deambular de mão em mão entre os jovens do bairro, acaba por registar um crime. Filipa Reis e João Miller Guerra foram os vencedores da Competição Nacional do Doclisboa 2010 com a longa «Li Ké Terra».
Em 2011 e 2012, respetivamente, os filmes
«Orquestra Geração», e «Bela Vista», destes realizadores, marcaram presença nas seleções oficiais do mesmo festival.
Laura Soveral,
Rita Blanco,
Teresa Villaverde e Vasco Câmara foram os elementos do júri que selecionaram as curtas vencedoras da terceira edição do Córtex, à exceção do Prémio do Público, resultado da votação dos espetadores do festival.
Antonio Campos, de ascendência brasileira, esteve em Sintra para uma «masterclass» e para mostrar, na sessão de abertura, alguns dos seus primeiros filmes, como «Puberty» (1997), curta-metragem feita aos 13 anos, e «Buy it now» (2005), premiada em Cannes.
Na competição nacional estiveram
«Rafa», de
João Salaviza, Leão de Ouro em Berlim, «A Viagem», de Simão Cayatte, «Os Vivos Também Choram», de Basil da Cunha, «Manhã de Santo António», de
João Pedro Rodrigues, as animações «Kali, o pequeno vampiro», de
Regina Pessoa, e «O Cágado», de Luís da Matta Almeida, e os documentários «A Comunidade», de Salomé Lamas.
Na competição internacional estiveram sete produções, de França, Alemanha e Roménia, entre as quais «À Trois», de Vanessa Clément, «Blu», de Constantine Nicolae Tanase, e «Scylla», de Jean Charles Gaudin e Aurélien Poitrimoult.
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