O ator britânico John Richardson faleceu na terça-feira (5), de COVID-19, a duas semanas de fazer 87 anos.
A notícia foi dada pelo jornalista Mark Mawston do "site" Cinema Retro, a pedido da família.
Nascido em 1934, o ator teve uma carreira marcante principalmente em produções britânicas, americanas, italianas e espanholas de orçamento modesto (popularmente conhecidos por "série B") entre as décadas de 1960 e 1970.
A popularidade chegou com "A Máscara do Demónio (1960), agora um clássico do cinema de terror italiano, precursor do género "giallo" e o primeira filme do lendário cineasta Mario Bava, onde interpretava um médico cujo sangue ajudava a despertar uma vampira (papel de Barbara Steele).
Outras duas produções "série B" da lendária produtora Hammer tornaram-se clássicos do género.
A primeira foi "She" ("A Deusa da Cidade Perdida", 1965), um filme de aventuras fantásticas onde contracenou com Ursula Andress, Peter Cushing e Christopher Lee (o ator regressou para a sequela três anos mais tarde).
Seguiu-se "One Million Years B.C." ("Quando o Mundo Nasceu", 1966), onde John Richardson encontrava os dinossauros criados pela animação "stop motion" do mestre Ray Harryhausen e Raquel Welch, que ao conhecer o colega pela primeira, vez, famosamente lamentou que fosse mais bonito do que ela.
Por esta altura fez ainda os western spaghetti "John il bastardo" (1967), "As Duas Pistolas de Bill" (1968) e "O Sósia" (1969).
A sua popularidade por esta altura levou-o para Hollywood, onde chegou a fazer testes para ser o sucessor de Sean Connery como James Bond em "007 - Ao Serviço de Sua Majestade" (1969), que perdeu para George Lazenby, e entrou como secundário ao lado de Barbra Streisand e Yves Montand em "Melinda" (1970), um filme esquecido de Vincente Minnelli.
O Cinema Retro recorda que o ator não era fã de Hollywood e começou a trabalhar mais em Itália, em "thrillers" de baixo orçamento como "Torso" (1973), de Sergio Martino, e "Gatti rossi in un labirinto di vetro" (1975), de Umberto Lenzi, ou comédias como "Pato com Laranja" (1975), de Luciano Salce, que descobriu muitos anos depois com surpresa que tinham mais fãs do que seus trabalhos mais conhecidos.
O seu último filme foi "A Catedral" (1989), com argumento de Dario Argento, dedicando-se posteriormente à sua paixão pela fotografia.
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