A proibição do consumo de comida e bebidas nos cinemas foi uma das decisões anunciadas esta segunda-feira pelo governo francês para conter a quinta vaga de infeções da COVID-19.

O encerramento das concessões, que entra em vigor a 3 de janeiro e vigorará durante pelo menos três semanas, saiu de uma reunião de crise sobre a nova variante Ómicron que ameaça encher de novo os hospitais, realizada após a França ter registado no sábado mais de 100 mil casos diários de COVID-19, um novo recorde desde que a pandemia começou há quase dois anos.

Apesar de não impor novos limites de espectadores especificamente aos cinemas, também voltarão a ser adotados limites de lotação em espetáculos, competições desportivas e outros eventos a um máximo de duas mil pessoas em ambientes fechados e cinco mil em ambientes abertos.

Com muitos especialistas a alertarem que o número de infeções aumentará rapidamente nas próximas semanas, o primeiro-ministro francês Jean Castex também anunciou que o "passaporte sanitário" que permite ter acesso a cinemas, restaurantes e outros locais passará a estar só disponível para as pessoas totalmente vacinadas, deixando de ser válido um teste recente negativo para os não vacinados.

Em Portugal, mantém-se o consumo das "pipocas e bebidas", mas a partir de 25 de dezembro e até 9 de janeiro mesmo os vacinados têm de apresentar um teste negativo à Covid-19 (antigénio feito nas últimas 48 horas, ou PCR até 72 horas antes), para poder ir ao cinema ou entrar numa sala de espetáculos, assim como para ter acesso a recintos desportivos.

A decisão do governo português foi criticada pelos profissionais do setor do cinema, que anteciparam que iria deixar as salas vazias nas próximas duas semanas e meia.

Em declarações à CNN Portugal no domingo, António Paulo Santos, da FEVIP - Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais, antecipava que a afluência de espectadores nesse dia poderia nem chegar aos mil espectadores.