Cate Blanchett mostrou-se contra o radicalismo da cultura do cancelamento e avisou que se vão repetir os mesmos erros se a História e as suas figuras forem apagadas, silenciadas ou retocadas em vez de serem conhecidas e debatidas.

A atriz está na corrida aos Óscares por "Tár", onde interpreta uma pioneira maestrina de uma ilustre orquestra alemã acusada de abusos no auge da carreira e que tem recebido críticas de ser "anti-mulher".

Veja aqui a lista completa de vencedores dos Óscares 2023
Veja aqui a lista completa de vencedores dos Óscares 2023
Ver artigo

É importante continuar a estudar o trabalho de artistas e outras figuras históricas, mesmo que possa ser controverso ou "problemático" pelo olhar moderno, reagiu numa nova entrevista.

"Se não se ler livros mais antigos que são um pouco ofensivos por causa do que eles dizem num contexto histórico, então nunca se irá lidar com as mentes da época [e] estamos destinados a repetir essas coisas", disse à Radio Times.

"Olhe-se para Picasso. Apenas podemos imaginar o que aconteceu dentro, fora e à volta do seu estúdio. Mas olha-se para Guernica e diz-se que é uma das maiores obras de arte de todos os tempos? Sim, é um facto. É importante ter uma perspetiva crítica saudável", notou.

Aatriz defendeu que "Tár" usa tanto a cultura do cancelamento como o movimento #MeToo como pretextos para criar uma história sobre questões "existenciais".

TRAILER.