O filme “A Última Sessão”, de Peter Bogdanovich, assinala a reabertura da Cinemateca Portuguesa, a 01 de julho, em Lisboa, sob o mote “A vida continua”, depois de mais de três meses encerrada por causa da covid-19.

A Cinemateca reabriu a atividade ao público de forma gradual desde 1 de junho, mas as sessões de cinema só são retomadas em 1 de julho, repartidas entre a esplanada e uma das salas, com lotação limitada, por causa das medidas de segurança.

Para a reabertura, a Cinemateca escolheu “um filme melancólico e magnífico” de Peter Bogdanovich, de 1971, “uma das mais comoventes evocações da experiência formativa do cinema no século XX”, como refere a direção do Museu do Cinema, na programação de julho.

A Última Sessão

Em maio, quando revelou o plano de reabertura ainda sem esta programação, o diretor da Cinemateca, José Manuel Costa, dizia à agência Lusa que “não há experiência completa do cinema sem a experiência da sala escura, da visão coletiva, foi assim que o cinema nasceu e é identitário da própria ideia de arte cinematográfica”.

Com a exibição cinematográfica ainda a ser retomada a vários tempos, não só em Portugal como noutros países afetado pela pandemia, o diretor da Cinemateca fala de um “processo progressivo” na relação entre quem exibe cinema e quem o vê.

“Gostaríamos que fosse uma coisa mais festiva, uma festa do reencontro. As circunstâncias vão limitar um pouco isso. Vai ser um processo progressivo. É de parte a parte”, disse.

A programação de julho reparte-se entre filmes “atravessados pela própria ideia do regresso, ou do reencontro” e outros evocativos de várias figuras do cinema americano e europeu, “englobando a época clássica e pós-clássica”, de Montgomery Clift a Walter Matthau e Michel Piccoli, o ator francês que morreu em maio.

Até ao final do mês, serão projetados, por exemplo, “Rio Vermelho” (1948), de Howard Hawks, “Os Carrascos Também Morrem” (1943), de Fritz Lang, “Spartacus” (1960), de Stanley Kubrick, “Quando o Rio Se Enfurece” (1960), de Elia Kazan, e “Até à Eternidade” (1953), de Fred Zinnemann.

O centenário do nascimento de Amália Rodrigues é evocado na Cinemateca com dois filmes a exibir no dia 23: o documentário “A Arte de Amália” (1999), de Bruno de Almeida, e “Fado – História de uma Cantadeira” (1947), de Perdigão Queiroga.

A programação de julho da Cinemateca encerra com o filme “E a Vida Continua” (1992), de Abbas Kiarostami.

Haverá ainda programação na Cinemateca Júnior, também em Lisboa, retomando-se as sessões a 4 de julho com “O Circo”, filme clássico de Charlie Chaplin, de 1928.

A Cinemateca aconselha a reserva antecipada de bilhetes por 'email' ou telefone, até 48 horas antes de cada sessão.

A lotação da sala M. Félix Ribeiro fica limitada a 110 lugares, a esplanada, a 60 lugares, e a sala da Cinemateca Júnior, a 63 pessoas.

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