“Oito filmes, grandes clássicos da cinematografia mundial, onde a arquitetura, o teatro, a música, a fotografia, a dança, a escrita, a pintura e a filosofia são o mote para oito conversas, moderadas por Anabela Mota Ribeiro, diálogos entre pessoas de diferentes áreas e de diferentes gerações”, referiu a organização em comunicado.

Organizado pela Casa do Cinema Manoel de Oliveira, o ciclo “Um Filme Falado ou o Cinema e as Outras Artes” começa, no sábado, às 17h00, com uma conversa entre a cineasta Catarina Mourão e o arquiteto Nuno Grande.

O ciclo, concebido e moderado por Anabela Mota Ribeiro, irá realizar-se nos segundos sábados de cada mês até 13 de maio.

No texto, a organização sublinha que “a literatura, o teatro, o pensamento e a música são elementos centrais no cinema de Oliveira”.

“Este ciclo é composto de uma série de sessões nas quais se exploram as relações do cinema com algumas dessas artes (compartimentos, galhos..., para prosseguimos a metáfora) e se potencia um diálogo de Oliveira com (e a partir de) grandes clássicos da cinematografia mundial”, acrescenta.

Um grupo de pessoas de diferentes áreas e de diferentes gerações irá discutir temas diversos: arquitetura, teatro, música, fotografia, dança, literatura, pintura e filosofia.

O programa começa com uma apresentação de 15 minutos por cada uma das duas pessoas presentes, seguido da exibição do filme, e por fim discussão entre os dois de cerca de 30/45 minutos.

Além de Catarina Mourão e Nuno Grande, participam também Marco Martins e Sara Carinhas, Joana Matos Frias e Paulo Pires do Vale, Filipa Ramos e Sérgio Mah, Cláudia Varejão e Maria José Fazenda, Djaimilia Pereira de Almeida e Rosa Maria Martelo, Marta Mestre e Nuno Crespo, e Daniel Jonas e João Constâncio,

Para cinéfilos mais jovens, o programa permite, além do mais, a descoberta e o encontro em grande ecrã com filmes clássicos e com uma genealogia de autores como Jean Renoir, Visconti ou Mizoguchi na qual Manoel de Oliveira se insere.

“Na elaboração desta lista de clássicos, tivemos em atenção a sua relação com o cinema de Oliveira, mas, sobretudo, pensámos no modo como neles aparece enfatizada uma determinada disciplina artística, aquela que vai ser discutida pelos participantes”, refere a organização.

Assim, acrescenta, “não é obrigatório que a relação com Oliveira apareça refletida nos comentários. Exceto, é claro, no filme escolhido para abrir o ciclo: ‘Visita ou Memórias e Confissões’ (1982-2015)”.

Na escolha dos nomes, a paridade de género e o cruzamento de perspetivas foram uma preocupação.

Na segunda sessão do ciclo será exibido, para conversa, o filme “Le Carrosse D’Or”, de Jean Renoir.

Seguem-se “Senso”, de Luchino Visconti, “La Jetée”, de Chris Marker, “Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin, “Carta de uma Desconhecida”, de Max Ophüls.

Em abril (15) e de maio (13) serão apresentados, respetivamente, “Utamaro e as suas Cinco Mulheres” de Kenji Mizoguchi, e “A Palavra”, de Carl Theodor Dreyer.

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